Tento segurar entre os dedos
o resto de amor, que ainda resta...
escoa como água, não fica nada
deixa somente a dor, represada.;
Ainda que doa em meu peito,
que se mova como a água do rio
descubro que, mesmo imperfeito,
é quem comanda meus medos.
Fica ainda, a lágrima derramada
em lagoas da alma ilhada,
no peito, ainda sinto o frio
do amor, meio sem jeito...
Dor vertiginosa e incessante,
desse sentimento intolerante
que vive mesmo sem eu querer
tornando-me água estagnada...
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