As aparências enganam
Autor: Daniel Fiuza
26/12/2000
Darland estava no hospital, foi agredido seriamente pela esposa. Darland e Fátima já eram casados há mais de quinze anos, e nunca haviam brigado tão sério antes. Quando Antônio Carlos chegou para visitar o amigo, até se assustou, o outro estava num estado lastimável, bem machucado mesmo. Antônio Carlos até perguntou: - Você não vai dar queixa a policia, não vai pedir o divorcio, uma indenização? O contundido Darland respondeu resignado: - Não posso! - seria uma injustiça com a Fátima, ela teve razão para fazer isso. Apesar de tudo contra mim, eu estava inocente, mas do jeito que eu me encontrava na hora que ela chegou, não teve outra opção, senão pegar um pedaço de lenha, que para o meu azar estava por ali, e me bateu até eu desmaiar. - Vou te contar o ocorrido. - Você vai ver que qualquer uma no lugar dela faria o mesmo. Nós fomos à fazenda do meu tio Diego. No outro dia, acordei cedo, e inventei de ir tirar leite da vaca. Peguei o banquinho, umas cordas e um balde, e fui para o curral que era um pouco afastado da casa. Chegando lá, amarrei as patas da vaca, e fui tentar tirar o leite, mas a danada ficou querendo me chifrar, ai tive que amarrar os chifres dela na cerca, deixando a vaca quase imóvel, tentei tirar leite de novo, mas a maldita vaca começou a me chicotear com o rabo, aquilo foi me irritando, que logo resolvi amarrar o rabo dela também. Bem acima tinha um galho de mangueira, mas era um pouco alto, foi quando peguei o banquinho, coloquei atrás da vaca, subi em cima, amarrei o rabo dela puxado para cima. Pois só dava para amarrar naquele galho, daquele jeito. Quando eu já ia descer do banquinho, me deu uma vontade danada de urinar, como estava sozinho ali, desabotoei a braguilha e coloquei o pinto para fora, e antes que eu começasse a urinar, minha mulher chegou.
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