QUANDO A NOITE... II
Filemon F. Martins
Quando a noite chegar, a mesma lua
há de brilhar, serena, em meu semblante
e, andando, solitário, pela rua
hei de lembrar do meu passado errante.
E no meu peito uma saudade tua
há de apertar meu coração amante
e ficarás a sós na noite nua,
se de mim continuares tão distante.
Se quiseres, porém, estou partindo,
melhor sofrer do que viver fingindo,
que o nosso amor tem sido brincadeira.
E quando a lua brilhar mais uma vez,
não sofrerei de amor, porque talvez,
- uma paixão não dure a vida inteira.
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