E pelas ruas carnaval!
Ciranda e cordas se amassam
Em euforia sem pudor.
E o corpo aberto,
Um deserto sem areia,
O passo da África
Que risca no chão
Os ritmos da vida.
E pelas ruas carnaval!
Almas atoa disputam
Os corações em festa,
E de dentro para fora,
A alegria que alimenta
O bloco, revela
O estado do negro.
E pelas ruas carnaval!
Um movimento sem cortes,
Uma pausa na realidade,
Um momento para o sonho,
Onde tudo fica para depois.
E pelas ruas carnaval!
Um salto mortal
No peito dos boçais,
Um espetáculo
No palco da vida.
E pelas ruas Carnaval!
|