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Poesias-->Viajando do futuro para o passado -- 15/10/2005 - 07:43 (Sérgio Olimpio da Silva Viégas) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Perdoem-me por sentar,

eu venho de longe, muito longe,

mais longe que possam imaginar.

Eu venho andando pelo tempo,

viajando do futuro para o passado.



Permitam-me que coma,

eu tenho muita fome,

por onde passei, não havia

onde nem o que comer.



Permitam-me que beba,

Pois lá de onde vim,

não existe mais água.

As fontes, os poços e os rios,

Estão secos, poluídos, turvos

Ou então envenenados.



Perdoem-me por parecer velho,

quando sou tão jovem.

Mais jovem do que possam imaginar.

Eu não cheguei a nascer.

Pois não tive um útero para me gerar.



Talvez alguém diga não existir

nada a minha frente,

nesta minha viajem

do futuro para o passado.

No entanto eu afirmo,

que nada existe a sua frente,

meu passado seu futuro.

As gerações de hoje tudo destruiriam

Até o meu direto de nascer



(publicado em VALORES LITERARIOS DO BRASIL, Volume IV, 1986, Selecionados pela revista Brasilia)

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