A facilidade com que se editam livros hoje em dia está trazendo enxurradas de títulos à disposição de quem quiser se aventurar na leitura. Feliz de quem gosta e pode comprar livros. É preciso contudo fazer uma boa triagem, pois há muita baboseira sendo publicada.
Tenho lido muito sobre gestão ultimamente. Muito de opinião, muito de modismo, alguma coisa de ferramenta, mas muita coisa boa. O que tem me chamado atenção é que quase sempre é abordada a questão do diferencial de competitividade representado pelo conhecimento.
O conhecimento tácito das pessoas, aquele que cada um carrega por vivências na prática e o conhecimento acadêmico buscado nos bancos escolares, treinamentos, leituras etc.
Tão importante é o assunto e tanto representa que nosso tempo está sendo chamado de era do conhecimento a exemplo de outras como a era industrial antecessora desta.
Nunca se teve tanta informação disponível e de tão fácil acesso. A internet é um instrumento fantástico quando bem utilizado. As publicações são fartas, como já disse, em livros, artigos, revistas, jornais etc.
Mas como gosto de enxergar todos os lados da questão, pelo menos aqueles que alcanço, quero um pouco mais. Este valioso diferencial chamado conhecimento está onde mesmo??? Ah, nas pessoas...
Conhecimento sem pessoas não existe, pois são elas produtoras e consumidoras do conhecimento certo?? Então o que as empresas investem nas pessoas?? O que as pessoas investem em si mesmo??
É alarmante o que ainda vimos acontecer nas organizações, em sua grande maioria. Patrões e empregados que ainda se contentam com a mediocridade e a mesmice, como regra e não como exceção. Alienados que estão do que ocorre na moderna gestão e o que é pior, alienados do capital cultural que cada um deveria procurar e está tão facilmente disponível.
Ainda é tímido o movimento rumo à profissionalização e ao auto- desenvolvimento. Ainda é muito tímido o movimento das empresas em proporcionar alternativas aos funcionários, sejam elas treinamento formal, opções culturais ou atividades sociais que proporcionem qualidade de vida.
Li um artigo na semana passada de um trabalho feito pelo Banco Itaú, que levava seus gerentes para visitar o Museu de Arte Moderna onde tinham aulas sobre artes. Confesso que fiquei enciumada pela possibilidade dada à queles gerentes. Esta ação é realmente alternativa, mas sabe Deus o que isso pode despertar e acrescentar no dia a dia das pessoas.
É sabido e comprovado que pessoas felizes e valorizadas produzem mais, e produção é plim plim no caixa. Qual o patrão que poderia não querer isso?? E qual seria o empregado medianamente inteligente que não iria querer que seu empregador fosse bem??
Indo bem a empresa, vai bem o emprego, certo???
E todos ficam felizes...
Então porque ainda investimos tão pouco em gente e na gente??