Cruzo palavras curtas
para escrever ao vento
o desejo de ser livre.
Livre para construir a cela,
livre para destruir a alma.
Cruzo palavras lentas
para acelerar no tempo
um sentimento novo,
livre do conceito urbano
de ser um produto de massa.
E nesta encomenda
de criar um poema veloz,
onde tudo passa escrito
no asfalto, fui ficando
na estrada, na fila das estacas
que vivem presas
sem chão para morar.
“POEMA VELOZ”
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