Estou aqui diante do medo
Medindo o mundo que existe
Entre as paredes feridas,
Um tiro sem direção,
Um filho sem coração,
Alguém que busca um
Abrigo nas palavras
De quem mede a vida
Com a trena do amor.
Estou aqui de frente à tela
Abrindo as celas do coração,
Jogando um jogo
Sem tempo para o fim,
Dilacerando textos
Sem garantia de vida,
Exercitando sonhos
Que sequer foram criados.
Estou aqui debruço para o céu
Contando estrelas sem pontas,
Vestindo nuvens de aluguel,
Vivendo a vida com o mel
Do absurdo.
Nuvens de Aluguel
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