Ainda não chegou a época de falar de carnaval. Eu sei, o leitor não acha oportuno, mas que se perdoe este embrião de cronista que sabe que disto não passará. Embrião nada mais.
O que me leva a escolher este tema é que a inspiração ou a idéia no meu caso vem e passa tão rápido que se faz mister escrever algo enquanto o tempo permite e a idéia da crónica também. E esta idéia veio exatamente ontem, quando estava de plantão e olhei os preparativos para a saída deste ano do bloco,embrião autêntico de Escola de Samba.
Retifico-me, grande já é, não em quantidade, mas pelo seu discurso. Acredito que tenho a honra de pertencer a uma Clinica que me parece única no Brasil, e se não é, foi à pioneira. Sim, única que nos dias momescos permite à queles considerados loucos que saiam e se divirtam bem no àmago da sociedade que os excluiu. E é engraçado observar o fenómeno de superação de preconceitos quando ela passa. Muitas vezes aquele que observa a alegria, flexibilidade e espontaneidade deste dia de grandeza para os loucos mostrarem sua loucura que não é mais loucura, vez que tem aval da sociedade. Observado e observando se mesclam, se misturam, se acasalam. O resultado favorece os loucos que são infinitamente melhores no samba do que seu irmão "normal", tanto é que se questionam: "Porque eu fico preso ao sambar e eles que estão presos farmacologicamente se mostram livres? Enfim é um bloco que sai as sextas feiras anunciando o carnaval. Até isto me parece simbólico, mas fica para outra oportunidade.