Professe a si mesmo um sentimento de cada vez.
Não queira encher o balaio de antepaixão,
fecundado pela volúpia da eterna juventude,
esvoaçante do desespero do tempo.
Nem talhe em seu coração a angústia
por culpa pelo minuto passado.
Deixe-o vir, compartilhe o ar com ele.
Conte-lhe das suas vontades que nasceram com a manhã.
Se preciso for, espere com ele a noite.
Pois dele soçobrará possivelmente uma lágrima.
Ou, se em menos sorte, um verso.
2005
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