Sua boca em meu seio
Meu desejo,
Quase um incêndio que corroí
O lacerado, pelo gozo, ponto de nosso apelo...
Esse seu jeito,
Seu teso,
Essa sua espada asteada
Que me mata de beijos,
E vira aos avessos
Minha cachoeira inteira.
É Ter e não Ter,
Dar sem querer,
É enlouquecer,
Com esse campo
Marcado pela grande área invadida pelo adversário,
Não é gol,
Não é nada,
É uma torcida agitada saindo de ti, caindo em mim...
E fazendo vibrar
Esse peito trêmulo,
Deslizar teu rio
No meu brinquedo...
Gozar outra vez o teu desejo.
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