FALSA PROMESSA II
Filemon F. Martins
“Nunca vou te esquecer,
quem sabe, um dia, vou voltar”.
Assim ela me disse
e foi partindo triste e lentamente,
como se fosse apenas brincadeira.
Partiu. Não sei se foi por criancice,
mas sei que dói no peito cruelmente.
Um grande amor repleto de meiguice
não deve fenecer assim pungente.
E tudo não passou de uma tolice,
uma briguinha sem qualquer motivo,
- por que levar a sério tão injustamente ?
Mas o tempo passou, percebo agora
que uma tristeza me fere e me apavora:
- não soubeste, na vida, o que é amar.
E vejo que a promessa que fizeste
foi somente a desculpa que me deste,
porque bem sei, jamais hás de voltar!
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