QUANDO A NOITE...
Filemon F. Martins
Quando a noite chegar,
serena e bela,
a mesma lua
há de brilhar em meu semblante,
e andando, solitário, pela rua,
hei de lembrar do meu passado errante.
E no meu peito sofrido e amargurado
uma agridoce saudade em tom de mágoa
há de apertar meu coração amante
e ficarás a sós no mundo triste,
se de mim continuares tão distante.
Mas, se quiseres que eu vá,
já estou partindo,
melhor sofrer do que viver fingindo,
que nosso amor tem sido brincadeira.
E quando a lua brilhar mais uma vez,
não sofrerei de amor,
porque talvez:
- uma paixão não dure a vida inteira.
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