Das obras alinhadas, num momento,
Que a mente humana artista fez brotar,
Sentia, como um crítico vulgar,
Enorme e prazeroso sentimento.
Só me existia luz no alinhamento
Até que pude, louco, então pensar
Que a ordem na desordem no talento
É o que preciso para a luz chegar.
Que a vida é uma escultura deformada
E a realidade um quadro que distorço
Como Picasso em mágicas feições.
Do que aprecio resta um quase nada:
Não há vida e nem obra sem esforço
E no caos moram todas perfeições.
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