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Artigos-->Clóvis Trevas e as vestais grávidas do PT -- 19/08/2002 - 16:38 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Clóvis Luz da Silva, analisando os depoimentos de um delegado e de um sociólogo, apresentados no programa “Fantástico”, da TV Globo, na noite de 18/08/2002, apenas trouxe um pouco mais de “trevas” ao assunto “violência no Rio”. E, não sei por que cargas de mijo, resolveu, em P.S., me honrar com uma réplica à minha réplica, ou seja, uma tréplica. Afinal, ultra-esquerdista nenhum que se preze fica sem a última réplica, mesmo que sejam atingidas as kíloplas, as gíglapas ou até as nânoplas.



No tocante à violência no Rio, Clóvis apenas aprova o que disse o sociólogo, que quer uma polícia agindo apenas na área de Inteligência, sem dar tiros, subindo os morros de peito aberto e dizendo aos bandidos, candidamente: “Venham cá, amigos, entreguem-se com as armas!” Sociólogos como o espanhol apresentado no “Fantástico” e o Rubem César da ONG “Viva Rio” (financiada pelo especulador George Soros, a favor da descriminação das drogas) nada trazem de positivo à sociedade, pois querem desarmar a população para que os bandidos entrem à vontade, sem nenhum tipo de resistência, nas casas de todos os brasileiros. Esses embusteiros pensam enganar a população quando apresentam as imagens de algumas espingardas e revólveres enferrujados, coletados entre a população de boa fé, sendo amassados por um rolo compressor, como ocorreu recentemente. Não é preciso dizer que a Operação Rio, em 1992, quando as Forças Armadas foram chamadas para subir os morros cariocas, atrás de bandidos, foi bombardeada sem cessar por esses sociólogos de araque que toda hora aparecem na mídia para ludibriar a população.



Quanto a dizer que o Rio de Janeiro, nos morros, não vive uma guerra civil, comparada à da Colômbia, é outro embuste do sociólogo com sotaque espanhol. Os bandidos são os reais detentores do poder em pelo menos um terço do território carioca, mandam fechar o comércio, trucidam cidadãos, a exemplo do engenhoso “microondas”, em que desafetos são queimados vivos em tonéis com óleo diesel. Os bandidos não dizem que querem o Palácio do Planalto, como disse o sociólogo de meia tigela, mas logo tomam a metade do Rio, depois toda a cidade, e, de cidade em cidade, vão abocanhar o Brasil todo, se não houver reação imediata e pra valer. No futuro, os Comandos Vermelhos terão o MST como rival. Ou aliado.



Tempos atrás, a polícia do Rio fazia incursões esporádicas nos morros, com cinegrafistas registrando a nossa SWAT de mentirinha, para dar uma certa satisfação à população. E tudo ficaria por isso só, não fosse o caso do empalamento de um repórter da Globo, Tim Lopes, morto com perfuração de espada, bem ao estilo ninja, tendo vários ossos quebrados antes de morrer. Com a morte de um de seus queridinhos, o Polvo Global começou a fazer uma enorme pressão sobre a Segurança Pública do Rio, para que os assassinos fossem presos imediatamente. Importantes para o Polvo Global eram as ossadas de Tim Lopes, as dezenas de outras ossadas encontradas não tinham a menor importância. Esse o motivo de agora a polícia se fazer mais presente nos morros cariocas e, como conseqüência, aparecerem alguns cadáveres a mais do que de costume entre os bandidos – o que os “direitos humanos” não aceitam. Quando um investigador declarou o óbvio, que Tim Lopes tinha parcela de culpa em sua própria morte, por se expor demasiadamente aos bandidos, sem nenhum tipo de proteção à retaguarda, talvez impulsionado pelo fervor cívico de ganhar mais um prêmio de reportagem, William Bonner subiu nas tamancas em extenso editorial no Jornal Nacional. Mas, tudo o que a polícia carioca faz no momento, como de costume, é apenas um plano meia-sola de segurança pública da Governadora Benedita da Silva, sem maiores aprofundamentos, para não desgastar o PT e, por via indireta, Lula-laite. Basta prender Elias Maluco, que tudo voltará ao normal, com tiros sendo novamente a principal canção das noites cariocas, e o Polvo Global, já satisfeito, encerrará a novela Tim Lopes.



Apenas faltou Clóvis dizer o principal a respeito do delegado e do sociólogo: a enquete feita pela TV Globo, solicitando que a população votasse pela Internet, a favor das palavras do delegado ou do sociólogo. Sabem qual foi o placar? O delegado venceu por 74,4% dos votos.



Ou seja, a população está cada vez mais convencida de que “bandido bom é bandido morto”. Ou na cadeia, onde muitos policiais corruptos também deveriam ser trancafiados.



Moral da história: o sociólogo está certo quando diz que o crime somente diminuirá quando a polícia for menos corrupta. O delegado também está certo, quando afirma que a polícia tem que ser mais respeitada, não recebida a tiros nos morros e nas ruas, e que a PM tem o direito até de matar, se for preciso. Não fosse assim, iria com buquê de rosas ao encontro dos bandidos, não com armas na cintura.



Vamos ao 2º ponto, à tréplica de Clóvis.



Em minha réplica a Clóvis Trevas, eu havia dito que muitos gostariam de saber como Lula-laite havia se tornado o mais rico dos 4 principais candidatos, se a maior parte do tempo em que trabalhou ficou pilotando um torno mecânico, com uma aposentadoria precoce de uns R$ 4.500,00, por conta de “danos sofridos durante o regime militar”, nunca esclarecidos em público. O que Clóvis disse para aparecer perante sua patota petista? Que eu não aceito que um torneiro mecânico seja eleito Presidente do Brasil...



Quanto a dizer que eu admiro Olavo de Carvalho ele está constatando apenas o óbvio, até o gato Willy em minha casa sabe disso. Olavo é um dos mais lúcidos pensadores brasileiros da atualidade. Ele não é meu guru. Guru é coisa de drogado, já tivemos até um filósofo-guru do LSD. Apenas, eu tenho algumas idéias coincidentes com as de Olavo, só isso, porque a verdade só pode ser uma, e nós primamos pela verdade acima de tudo, não pelo embuste, que é da “práxis” da esquerda. O admirável em Olavo é sua forte base de argumentação e refutação, a retórica que usa, com uma bem fundamentada cultura filosófica, transformando tudo isso em uma leitura leve, erudita e, muitas vezes, com fina ironia.



Quanto a eu lembrar o dito de um amigo, de que “não há ex-comunistas, embora haja ex-bichas e ex-prostitutas”, é bom lembrar ao sisudo Don Clóvis, que além do humor que há na afirmação, toda regra tem exceção. Afinal, Jorge Amado foi comunista durante muitas décadas, até Deputado Federal pelo PCB. Depois da denúncia dos crimes de Stálin, passou a renegar esse passado, como confessou em seu livro de memórias, “Navegação de Cabotagem”. Aliás, nesse mesmo livro, Jorge Amado compara o PT a um balaio de gatos e Lula-laite ao déspota de Tirana. Amado só não devolveu, ao que eu saiba, o Prêmio Stalin de Literatura que andou recebendo, pelo sucesso de seus livros atrás da cortina de ferro.



Por outro lado, temos Oscar Niemayer, que se diz comunista da gema até hoje, apesar do genocídio de 110 milhões de pessoas que a peste vermelha dizimou em todo o planeta. Com apartamento de frente para o mar, na Zona Sul do Rio, e Mercedes-Benz na garagem, com motorista particular, quem não gostaria, como Niemayer, de ser comunistinha também?



A rigor, não acredito que Olavo de Carvalho alguma vez tivesse sido comunista em sua vida. Como todo jovem de sua época, a moda era ser comunista. Se o filósofo da geleca (geléia com meleca) Jean-Paul Sartre, o queridinho de toda a intelectualidade brasileira daqueles tempos, era comunista, todos tinham que ser comunistas. Carlos Lacerda disse que foi comunista, Rachel de Queiroz disse a mesma coisa. Qual era, enfim, o “intelectual” brasileiro que depois da II Guerra Mundial não era comunista? Era chique ser comunista e malhar o “capitalismo selvagem” inspirado no Norte das Américas – entre um trago de uísque e uma tragada de maconha. Quem, na época, para se mostrar enturmado com a canhopatota, em Copacabana ou na Faculdade de Direito de São Paulo, tinha a coragem de dizer que não era comunista?



Quanto aos 4 principais candidatos, tenho a lembrar o que já havia escrito no ano 2000, “O bumbá da vaca louca”, quando já vislumbrava como seriam as próximas eleições presidenciais no Brasil, com a onipresença da esquerda, já que a direita não existe mais, nem nos museus de cera, depois que ACM se tornou o “pai dos pobres”. Na época, dizia eu que o próximo embate seria entre Lula e Ciro, ou seja, esquerda versus esquerda. Pode também dar Lula versus Serra, o que dá na mesma, sob o enfoque ideológico dos candidatos. O que quer dizer que “esquerda” e “direita” não significam mais nada nesses tempos globalizados, a não ser o que a própria dita esquerda prega aos quatro cantos do mundo: que só ela, ninguém mais, tem o carisma e a solução para todos os problemas do planeta. O nó da questão é que onde a esquerda entrou de verdade, como na URSS ou em Cuba, foi genocídio e desastre puro; e onde entrou de mentirinha, em revezamento com os governantes de "direita", como nos países europeus, também acaba sempre saindo pela porta dos fundos, como ocorreu recentemente na França, onde obteve somente 17% e perdeu para - pasmem! - Le Pen, o ultradireitista!



Quanto a eu ser um cara ultraconservador, de extrema direita, o que Clóvis Trevas quis dizer com isso? Conservador eu sou, com orgulho. Todos temos que conservar as noções de moral, de família, de religiosidade que herdamos de nossos antepassados. Só porque não me promiscuí sob a bandeira “progressista” da bandalheira atual e não entreguei minha alma ao Diabo do Marxismo não quer dizer que caí nos braços do Capeta do Nazismo, como gente da laia de Don Trevas logo deduz. Não pertenço à elite, não sou empresário, não uso suástica no braço, sou visceralmente contra o Comunismo, o Fascismo e o Nazismo, a Encol me abocanhou um apartamento comprado à vista, por que eu seria da extrema direita? O Papa João Paulo II também é considerado ultraconservador. Seria ele, por isso, também um sujeito da extrema direita?



No meio está a virtude, diz um provérbio latino. É onde me estabeleço, com todo orgulho, sem ter que dar satisfações a partidos políticos ou a patrulheiros stalinistas hoje infestados em todas as esquinas e repartições públicas. Sou livre, tenho o direito de votar até no PT, como já votei em Cristóvam Buarque para Governador do DF, em 1998. Liberdade que um stalinista como Don Trevas não tem, pois está acorrentado a uma ideologia despótica e ultrapassada, e sistematicamente irá votar apenas nos pretensiosos varões santos do PT. Voto em pessoas, não em partidos políticos, que são todos absolutamente iguais, como veio o próprio PT a comprovar recentemente, metido em 1001 maracutaias. Ah! Como são deliciosas as visões das cândidas virgens vestais grávidas do PT...





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