Soneto do CANTAR DA MUSA ...
Quando te encontrei naquela praça,
Minh’ alma desnudou-se da vaidade
Eu que fiquei cego e quase sem graça
Ao apreciar e sentir a tua felicidade.
Ias caminhando alegre, sem maldade,
Cantavas uma ária e mentalmente,
Julgavas que meu amor era a verdade
Do poeta lírico que sou atualmente.
O teu corpo demonstrava a tua tesura,
Além da beleza da forma da tua boca...
Quando me abraçou, senti tua quentura.
Abraçavas a minha alma com ternura...
E, no carinhoso abraço parecias louca...
De tanto prazer que já era uma loucura... |