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Cordel-->GERAÇÃO 2003 -- 18/02/2009 - 07:31 (Andarilho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:131438347508037400

GERAÇÃO 2003
Silva Filho
(Reposição)




No final da normal gestação
Nove meses já foram passados
Nascituro tem dias contados
Pra mostrar sua graça e feição.
Todo pai tem orgulho e emoção
Exibindo seu fruto perfeito
É comenda pingente no peito
Ou alvíssaras pra quem mereceu
Quem noivou, se casou, prometeu
E mostrou que merece respeito.

Na política também é assim
Por exemplo, em dois mil e três
De janeiro a setembro, talvez
Algum parto se aclare, enfim.
Já fizeram festim, mais festim
E o povo já espera algum fruto
Que não seja selvagem ou bruto
Que agora se exiba a ‘criança’
Pois o povo há muito já dança
Com u’a tarja marcando seu luto.

Se o Governo pariu, vamos ver
O que vem do seu ventre oculto
Algum monstro? Só vejo um vulto!
Quem duvida - é ver para crer.
Vou tentar pra vocês descrever:
A barriga cresceu com reforma
Foi o feto trocado por norma
Todo o sangue trocaram por vinho
Exigindo de um bom adivinho
Definir o esqueleto sem forma.

Um pedaço se fez Previdência
Outra parte se fez Tributária
Na cabeça só Reforma Agrária
E a memória já sem consciência.
O perfil não contém coerência
E o conjunto está alquebrado
É uma réplica do aposentado
Que sumiu entre tantos ajustes
Alguns traços indicam embustes
Pois é quadro demais retocado.

Mais imposto – alguém inda brada
Pois a vida é mesmo ilusória
Que se troque a tal ‘provisória’
Por alguma bem ‘eternizada’.
Inativos não ganham mais nada
E o Governo prepara a borduna
Pra matar quem ralou, fez fortuna
Para um povo pra lá de passivo
Todo IMPOSTO vai ser progressivo
Pra crescer igualmente uma duna.

Quem ralou para ter patrimônio
Vem a ser o vilão da história
Para esse sobrou palmatória
Um presente tal qual pandemônio.
Se ao pobre não resta mais sonho
Nem o rico – tampouco – escapa
Pois FORTUNA assada na chapa
Vai render muitos outros bilhões
Em cascata, com outros milhões
Que a FORTUNA pagou por etapa.

Sendo assim, vejo um ar de tristeza
Todo o povo se encontra absorto
Para um parto que tem natimorto
É demais tanta, tanta, crueza.
Os exames já mostram clareza
Ninguém vai ver a forma do rosto
O Brasil emprenhou de IMPOSTO
Sem saber o que vem a parir
Quem pensou que podia sorrir
Bem que pode chorar de desgosto.

/aasf/
Reposição ao banco de dados
Usina de Letras, 30/09/2003.



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