Eu venho do tempo inexistente...
Usurpo os corações defamados.
Busco minha atávica inocência,
Inspiro seu olor imutável!
Meu amor beija-me! Ama-me!
Revele-se! Suspire! Sinta!
Revolva meus cabelos! Arrepie-me...
Desalinhe as brisas, as tempestades...
Retarde tua ausênsia, fujas!
Para mim! Poeta? Em potencial.
Arrepias meus braços, provoque!
Mostra-me belas alucinações!
Hipnotiza-me, contradiz-me!
Extravaza-me o coração!
Sufoca, inebria, tamanha beleza!
A voz dos deuses reinicia a nossa paixão!
A partir da fecundante explosão,
Reconstruo passado e presente...
Concebo o universo e seu Alfa,
Profano a misticidade do Amor!
Chega dessa separação alienante!
Do egocentrismo de meu ser!
Juntos vamos num louco alvoroço!
Paixão tranlúcida, Imutável! |