IGUAIS A PALHAÇOS
Todos tão estranhos e distantes,
fazemos tanto e tão pouco conseguimos.;
e quando se consegue, estamos ausentes.;
já fomos para longe, já partimos.
Fantasiamos sonhos perdidos
para viver ilusões que sentimos.
Passamos a vida assim, iludidos,
para fazer de conta que não mentimos.
Somos iguais a palhaços.;
que rimos, quando temos vontade de chorar.
Estamos escondendo nossos fracassos.
Quando choramos, não podemos nos mostrar.
Eduardo Torto 84
|