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Poesias-->HOPPER IN DECIFRADO -- 04/09/2005 - 22:45 (Edmir Carvalho Bezerra) |
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Hopper in decifrado
inerte de transcendência
a última tarde conduz sua ferrugem
pinta o guardador zeloso
luzes minúsculas e tristes
o olhar pelas janelas da noite
melancólico vê o tempo passar
é incomunicativo
as reações que a poesia causa n alma humana
Drummond arruína instalações e sente raiva
não está sozinho e em paz.
na claridade da pequena sala
coisas não se deslavram
mistério e silêncio
a realidade pesa
para certas quietudes
não há lençol
o frio
rouba o sol em uma sala vazia
a mão desconstrutiva
traga o mundo de cabeça para baixo
na vastidão de Baselitz
incompletudes ontológicas
almas vivem perdidas
noite entre fuligem de tabaco
sons imitam música
falsas felicidades de corpos embriagados
torres de mármore se desmancham
espetáculo burlesco
naquele funeral
apenas dezesseis olhos entristecidos
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