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Contos-->Viemos ao mundo a trabalho e não à passeio. -- 05/10/2004 - 23:30 (Don Cuervo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Viemos ao mundo à trabalho

por Don Cuervo

Velho tem cada coisa que contando não se acredita. Certa vez, lá nos pampas gauchescos quando...

Mas o que eu queria mesmo dizer é que certo dia iamos a levar alguns touros caracús à uma certa tourada que iria acontecer no povoado de Laverge de Los Libres, território argentino.

Durante o descanso la pelo sol do meio dia, estavamos todos a descansar debaixo de um cinamão quando deu na telha do chirú, pegar uma camisa vermelha e tourear um dos touros que estavam também a descansar na pastagem.

Entendiamos que um touro não pode ser enfezado um dia antes da tourada, se o toureiro souber disso, corria-se o risco de não usar aquele touro. O fato é que o touro torna-se mais astuto e pode pegar o toureiro no contra pé.

Porém tudo era festa, enquanto tomavamos um mate, lá foi o chirú enfezar o touro. O chirú sempre fazia isso e sempre levava a melhor, mas aquele dia era do touro. Como dizem, o toureiro foi soprar o touro e o touro soprou primeiro.

Aconteceu que na primeira investida o touro arrancou a capa digo camisa vermelha das mãos do chirú. Um toureiro sem capa está ferrado.

Assim que, foi ele pegar a capa, digo camisa, o touro investiu novamente e a turma gritou, olé, olé, olé. Não conseguindo alcançau a capa, o chirú deu um passo ao lado fugiu do touro e voou na cerca de arame farpado e já caiu do outro lado em pé pensando-se livre do caracú.

O touro não dando-se por vencido e como não tinha muita experiência na vida, achou que aquela peia não podia ficar daquele jeito. E como não era muito pesado investiu contra a cerca rebentando o último fio de arame, partindo em cima do chirú.

O chirú caiu na macega e o touro foi junto. Foi quando um de nós pegou a capa, digo camisa e fomos atraz como fieis escudeiros à salvar o toureiro mal sucedido.

Não é que o touro realmente conhecia a capa e voltou-se contra nós, deixando-nos também em apuros !!! Mas não foi dificil laça-lo pelas patas trazeiras e joga-lo ao chão. Depois de alguns minutos o touro já havia esquecido o toureiro e levantou-se pondo-se pastar na ravina.

E o toureiro ? Ouvia-se ao longe o som de socorro, socorro, socorro. Um dos peões pos-se a gritar:

-Pode voltar que já não há mais perigo.

Porém nada do toureiro voltar. Só nos restava ir até o local e averiguar o sucedido. Quando chegamos, estava lá o toureiro enfiado em uma moita de espinho arranha-gato. Como aquele tipo de espinho é, como o próprio nome diz, arcado como uma unha de gato, o coitado não ia nem pra frente e nem pra traz. Ninguém podia também entrar lá a não com equipamento próprio. Foi aí que um dos malucos teve uma idéia. Pegou um fósforo e tocou fogo no espinheiro. Quando espinheiro começou arder em chamas e o chirú viu que a única saída era deixar o espinheiro a qualquer custo, não deu outra.

Estava salvo o chirú.

Não podiamos deixar o velho alí a vida inteira.

Viemos ao mundo a trabalho e não a passeio.
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