Esse imenso céu,
Fortemente manchado
Mas, serenamente potente
Que hora vemos,
É um mundo de esperanças
Limitadas num pálido azul sem fim...
Essas manchas densas,
Ora brancas
Ora cinzentas
Que insistem na tentativa de ofuscá-lo,
São restos de ilusões,
Pedaços de dúvidas
Ou recortes de incertezas
Reveladas na inconstância do seu tom...
Ou serão talvez
Vestígios de lágrimas ao mar lançadas,
Que disfarçadamente decolaram
E docemente ao céu se reportaram
Sem a pretensão
De se sentirem nuvens...
Sandra Grisi |