Vejo-me sacerdote em algum tempo passado, mas seria eu mesmo? Que importa? Na verdade, muitos já disseram isso e, no início, me intrigou pacas. Uma energia que hoje é minha, com certeza, mas que talvez naqueles tempos estivesse com um ou mais antepassados sacerdotes de quem herdei padrões importantes. Lembro-me? Não, mas sinto a energia. Como também sinto a energia que me dá um interesse por astrologia, radiestesia, misticismo, curas não convencionais, quiromancia, vidência, chakras, auras, aromas, incensos, magia e outras "cositas mas". Muitas dessas execradas pelas religiões, ou melhor, pelos religiosos dogmatizados e medrosos. Não que eu seja a favor do "vale tudo" ou "oba-oba", mas chega de prisões. No outro extremo, há muitos que, sob o pretexto de fugirem do jugo dos castradores, usam seus dons para fundar seitas e grupos esotéricos que se fecham em si mesmos e se acham donos dos conhecimentos que, na verdade, são de todos. Não é esse meu dom, graças ao Bom Deus. O gosto pela Física foi uma saída que meu lado intelectual geminiano encontrou para me enveredar pela "Physis", natureza. Como isso me cativa! Mais uma vez, obrigado, Padre Modesti. Já lhe agradeci explicitamente em minha Tese de Mestrado e lembro-me sempre de sua figura. Extasio-me desde pequeno em buscar os mistérios dessa "Physis", mas desconcerto hoje meus pares na universidade que estavam acostumados a me ver apenas atrás de cálculos rudimentares da Física do ideal. Equações de movimento retilíneo uniforme ou uniformemente variado, eu decorei todas. Das outras áreas da Física, idem. E, ensinando isso durante muito tempo, muitas vezes obriguei meus alunos a decorá-las. Que coisa ridícula! Hoje vejo outros colegas fazendo isso e tenho compaixão deles e de seus alunos. Talvez eles tenham que passar por isso como também passei. Não há o que julgar, pois quem sou eu? Minha Lua em Sagitário e meu Meio do Céu em Peixes reforçam essa possibilidade. Quem sabe isso me dá prerrogativas para me candidatar a aprendiz de Merlin? É provável que a explicação de vidas passadas ou de padrões dos antepassados sejam duas faces de uma mesma moeda que nós mesmos escolhemos qual queremos ver. E como a realidade somos nós que fazemos... Como tudo muda depois da Física Quàntica ter assegurado que a ciência é subjetiva!!! E, apesar de mexer com muitos, a verdade também... Talvez por isso mesmo quase fui um clássico sacerdote nesta vida, pois sempre carreguei essa tendência do místico e, agora, junto a isso a incerteza e a criatividade da Teoria do Caos. Portanto, sacerdote clássico nunca mais posso ser. Bendito Padre Vitório que me possibilitou quebrar esse padrão e direcionar essa energia para um lado distinto, mesmo que o dom inato se manifeste sempre. Do outro lado, ele continua me ajudando e o sacerdote em mim se manifestando diferentemente, segundo as novas e transformadas maneiras do sacerdócio no século XXI.
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