O cinza que me desejaste,
reverto para ti, ó donzela
esta mácula, enxuta gazela,
com que me amaldiçoaste...
terei de partir,
sei,
e o meu futuro sem sorrir,
encerra este teatro,
agoniando a minha caminhada
como se fosse um sonho farto
tingido de veneno anil...
Cegueira,
doravante,
como uma errante,
clamo pelo meu doce instante,
onde o meu Amor luminosidade
ofuscava-me o coração amante.
e tu ris, cegueira,
pois,como quem diz,
que eu sou poeira...
alfinetaste-me os olhos,
mas não determinarás os meus escolhos...
nem que tenha de inventar ferrolhos!
Elvira:)
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