O Julgamento
Juizes togados
Amados ou não
Proferem a decisão
Selam o destino do cidadão.
Se for Deus, não sei.
Só sei que o réu é um ser.
Se forem perfeitos, não sei.
Só sei que a perfeição é Deus,
E que Deus é pai do réu.
Juizes imponentes e autoritários,
Condenam o réu.
Conscientes ou não
Lavam as mãos, tiram as togas.
E dormem o sono dos justos.
Juizes são homens,
Togados ou não.
Amam e odeiam,
Políticos ou não.
Culpado ou inocente?
Ótica refratária,
Luz da justiça
Projetada no copo de cristal
Com água.
Juizes, paradigma de Deus,
Homens semelhantes,
Que decidem
Com emoções momentâneas,
passageiras...
Profetizam o futuro do réu.
Juízes românticos ou não
Togados ou não
Se têm filhos, não sei
Poder absoluto na Lei terrena
E relativo na de Deus.
Juizes amados ou não,
Românticos ou não,
Deprimidos ou não,
Homens ou não,
Togados ou não,
orgulhosos... ou não,
Políticos, tendenciosos...ou não,
Paradigma de Deus
Que não é Deus.
Culpado ou inocente?
Eis a questão.
Getúlio Silva 02/09/2003.
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