O que sabes de mim não chega para imaginares o que quer que seja sobre a minha realidade... Até sequer meu ego sabe onde vou quando vou para outro lado ao longo do mesmo repisado corredor... Se fecho os olhos e te trago toda em luz ao centro de meu cérebro o corpo que aconchego nem conheço... Procuro no teu rosto o acesso como entreabrisse cortinas de rugas sedento de beber-te a juventude... E adormeço perdido entre o esplendor da aveludada macieza de teus lábios no ar que sem saber respiro... Logo... Quando acordar... Talvez o tempo mude!... António Torre da Guia
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