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Poesias-->RITUAIS ZOMBETEIROS -- 20/08/2005 - 20:38 (Roberto Stavale) |
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Debruço no muro e vejo
O destino zombeteiro
Enxergo a ladeira... matreira
Onde teus passos cansados
De subir e descer descalços
Paravam sob emoções
Num ritual desconexo
Teus olhos negros... amenos
Olhavam através dos reflexos
Das janelas envidraçadas
Alvitres das tentações
Mas... na minha tu paravas
Ias pra porta e entravas
Para em meus sonhos expores
Teus seios... teu corpo encoberto
Pelas ramagens cinéreas
De damas-da-noite em olores
Sobrepondo as madrugadas
Morada das ilusões
Lá sob as falenas
Tua nudez visionava
E... quando a matina surgia
Ocultando as visões e os desvarios
Perplexo e desolado
Pro muro... eu retornava
Sacada das oblações.
Roberto Stavale
São Paulo, 08/2005.-
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