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Poesias-->Entrevista cedida por Wonderli Taylor à revista “Saúde Menta -- 12/08/2005 - 15:17 (won taylor) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Designado pela portaria n 036, publicada no Diário Oficial do Estado de 02122002, torna aberto de quem possam se interessar as questões abaixo, formuladas pela CPM (Centro de Pesquisa Mental) localizada na Avenida Fagundes teles, 41 Centro, Niterói – RJ . Estará reunida para recebimento de propósito do conhecimento para fins de desenvolvimento de pesquisas. Lei n 11.541, de 1882001 e decreto n 4.641, de 0932000 e demais legislação correlata.









SM: Suas poesias são sempre sobre perdas?

Won: Praticamente, eu escrevo sobre algo que se foi. Na verdade, eu tento sempre estar preparado a mostrar os sentimentos que ficam com a gente quando perdemos algo que gostamos, e a partir daí, tentar encontrar o caminho de volta e mudar a situação em que nos encontramos.



SM: Você sofre?

Won: Depende da hora do dia! (rsrs) Antes de ler o jornal ou assistir a um tele-jornal e ver crianças nas ruas, políticos corruptos e meu país perdendo a identidade. Gostaria de acordar e ver meu país mais cidadão, e aí sim, eu sofreria menos.



SM: Você já sofreu por amor?

Won: Nossa, muitas vezes! Quando se é jovem sofremos demais, porque tudo nos afeta. Ficamos expostos e procuramos sempre ter algo em que possa fazer uma extensão do que sentimos. E por isso, acabamos sempre sofrendo uma decepção. Depois quando amadurecemos não sabemos mais lidar com esses sentimentos e passamos a ficar à mercê de uma ligação mais prolongada com alguém ou com alguma coisa.



SM: Lendo uma das suas poesias, percebe-se um relato sobre estruturar-se após uma separação. Como fazer isso?

Won: Quando uma relação acaba, as coisas ficam densas e perdemos a direção e passamos a ficar com um sentimento de rejeição, como se a outra pessoa não mais se importasse com o que sentimos, uma espécie de rejeição, quando na verdade, não é rejeição, é a outra pessoa tentando um outro caminho. E nesse processo dolorido, acabamos nos fechando e passando a não cuidar mais da gente. Tratar bem de nós, com carinho.; cuidado e atenção. Isso é o que começa a fazer um diferencial, ao invés de ficar em casa lamentando o que se foi.



SM: Você considera uma pessoa triste?

Won: Absolutamente, eu sempre procuro estar com um sorriso em meu rosto, apesar de estar sempre vestido de preto e escutar bandas consideradas depressivas com Smiths e cure. Meu estado de espírito está sempre feliz, as coisas que escrevo tendem a ser tratada de um ângulo triste, mas eu sinto que no fundo a alegria de estar tentando melhorar é o que está em mim.



SM: No que você se inspira para escrever?

Won: Reúno sentimentos que tentamos descartar sempre e nem sempre conseguimos, e os coloco bem livres nas palavras, são sentimentos de dor.; tristeza.; perda.; solidão e drama pessoal.



SM: Isso de alguma forma te ajuda a continuar?

Won: Não só a mim, como a todas as pessoas que estejam passando por uma situação difícil, em que envolve sentimentos. Quando você vê a sua dor exposta, você consegue ver que precisa melhorar e assim, começa a reagir ao que te deixava triste.



SM: Então, o que você escreve é uma expiação?

Won: De certa forma sim. A dor que eu sinto dentro de mim, que incomoda, que grita e que lateja, eu procuro retira-la e mostrar que eu tenho domínio sobre ela.



SM: Como você é em seu dia a dia?

Won: Procuro sempre estar fazendo as coisas certas, no trabalho, em casa, com os amigos, e comigo mesmo. Escuto as pessoas e me escuto também. Leio muito e escuto musicas que dizem alguma coisa, sou bastante seletivo nessas questões pessoais e procuro ser sincero na maior parte do meu tempo.















SM: Como você vê suas poesias?

Won: Eu vejo como algo que reflete os sentimentos que se movem dentro de mim, e eu gosto de escrevê-las quando estou alegre e nunca se estou triste. Em cada uma delas, eu procuro dar um cuidado para que quem chegar a lê-la saber que a esperança ainda resiste. É como se eu as escrevesse para os outros e não para mim.







SM: Você tem o perfil contrario de um ser depressivo, como você disse ser. O que te deixa deprimido?

Won: A falta de tolerância das pessoas com questões pequenas, e essa falta de demonstrar que o amor está aí, e que nós podemos nos amar mais. Tudo me deixa bastante apreensivo, o valor imposto a uma vida e essa tendência que as pessoas têm de se calar ao que está errado. Todas essas coisas me doem demais e a partir daí, eu fico meio que perdido em ver que as pessoas se deixam ficar tão opacas assim.



SM: Você já fez terapia?

Won: Sim, e admito que isso foi um processo de auto conhecimento. Eu passei a ver que eu sou uma pessoa que precisa mais de mim, de estar mais perto, de me escutar também e reconhecer os meus defeitos e saber que não tenho as respostas todas, que pensava que ter.



SM: Houve alguém para quem você escreve suas poesias e livros?

Won: Nos romances, sempre escrevo sobre o ângulo feminino, em sua maioria. As mulheres são românticas e fortes, e isso eu dedico às mulheres que passaram por minha vida, e não digo os “amores’, mas quem de certa forma me cercou com carinho e cuidados”. Já nas poesias, sempre aparece à fragilidade, embora na maior parte delas, não há feminino ou masculino.



SM: O que te incomoda no quadro político atual?

Won: A falta de vontade! Essa preguiça que a falta de escrúpulos se apodera.; o egocentrismo e toda essa questão pública abandonada. Acho que o presidencialismo está sendo usado de forma incorreta, e a falta de punição faz com que toda a castra de político seja igual em desonestidade.



SM: Você acha que as pessoas que chegam a ler suas poesias ou seus romances possam, de alguma forma sentirem melhores?

Won: De certa forma sim! Depois de ver refletido a mesma dor, as coisas acontecem dentro de nós e passamos a nos ver como as personagens que estão na mesma situação em que nos encontramos. As soluções estão dentro de nós, mas com a situação aflitiva, não conseguimos ver a luz, e assim sendo, ficamos expostos ao sofrimento. E assim, conseguimos seguir em frente, depois de ver a nossa dor ali, parada, lenta e cega.



SM: Obrigado pelo seu tempo e por sua gentileza!

Won: Seja sempre bem-vinda!















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