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Discursos-->Mensagem Turma Justiça na SUA PLENITUDE -- 04/08/2002 - 17:35 (Leon Frejda Szklarowsky) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MENSAGEM AOS FORMANDOS

TURMA “A JUSTIÇA EM SUA PLENITUDE!”.

DA FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

Minhas caríssimas colegas
Meus caros colegas

É inconcebível que, na alvorada de novo milênio da era vulgar, com descobertas científicas inimagináveis, ainda haja guerras religiosas, raciais e de opiniões e os homens de todos os credos, cor, origem e formação não se dêem as mãos e entrelacem suas almas e pensamentos, numa só vontade: paz e felicidade para toda a família humana, reconhecendo a sentença bíblica e a de todas as religiões de que Deus é eterno e será reconhecido Rei de todo o Universo e Um só será seu Nome e reinará para sempre


Faz exatamente um ano que tive a honra de estar com vocês usufruindo a alegria de paraninfar a Turma A JUSTIÇA EM SUA PLENITUDE.
O nome escolhido, por si só, diz tudo. Não há meio termo. Não existe meia justiça. Ou ela é plena ou, então, teremos farrapos de justiça. Às vezes, nem isto.
Comemoram-se também o 71º aniversário de fundação da Faculdade de Direito do Piauí e o 175º aniversário da instituição dos cursos jurídicos no Brasil. E o que é mais significativo: vocês constituem a Primeira Turma do Século Vinte e Um. Feliz coincidência.
As coisas não acontecem por acaso. Existe, sem dúvida, o livre arbítrio. O homem distingue-se dos demais seres viventes, porque é o único, que, conscientemente, pode retificar os rumos da civilização, num sentido ou noutro, isto é, para o bem ou para o mal.
Contudo, o ser humano sempre acreditou que suas ações e suas posturas se acham entrelaçadas com um Ente Superior e o fato de, não o vermos ou sentirmos fisicamente, não quer dizer que não exista.
E vocês encontram-se na vertente desse triângulo que representa três fatos de suma importância na vida de cada um de vocês.
Realmente, minhas caríssimas amigas e amigos, o que importa na vida é termos um objetivo e palmilharmos, firmes e sem titubear, a estrada dessa grande aventura, no planeta Terra!
Vocês perguntar-me-ão se sou tolo bastante que não enxergo o paradoxo, ou seja, as tragédias, a insensatez do homem, a discórdia, em pleno século das grandes descobertas científicas e do seu arrojo, lançando-se nos céus profundos do Universo, como o fizeram os navegantes de séculos passados, singrando os mares nunca dantes navegados, em busca do reconhecimento de outras terras e mundos, até então desconhecidos.
Responder-lhes-ei: não importa quanto tempo leve, para o homem descobrir que vale a pena viver bem. Não importa que pareça delírio, porque se os homens não tiverem um sonho a realizar, uma esperança a cultivar, de que valerá a vida? Para que terá vindo habitar a estação Terra?
E por que?
Porque acredito, sim, na grande virada da civilização. Sou otimista. Sou um grande sonhador, com os pés na realidade. E sabem por que? Porque vejo em toda parte, em todos os cantos do País, em todos os cantões do mundo, em todos os lugares, onde haja seres humanos, pessoas simples, letradas, ricas, pobres, remediadas ou, simplesmente, seres humanos, que querem viver, trabalhar, realizar, criar, enfim, gravar sua presença na Terra, com seus feitos, não importam quais, pois todos temos uma missão a cumprir, desde o agricultor que semeia a terra, o varredor que varre o chão, a mãe que amamenta e acalenta o filho, o pescador que singra os mares, o escultor que cinzela a pedra bruta, o escritor que cria, o poeta que encanta o espírito, o músico que nos eleva e conduz ao Senhor do Universo e tantos, o sacerdote do Direito e tantos anônimos trabalhadores e obreiros que forjam as condições de vida para todos.
Este momento da história humana exige de todos muita ponderação e vontade de sobrepujar todos os obstáculos e romper as amarras que nos acorrentam aos momentos mais sujos e tristes de um passado nada remoto.
Exige de todos a vontade férrea de pugnar pela liberdade e pelas prerrogativas do profissional do direito, porque, se assim não o fizer, não terá ele condições de lutar pela Justiça e pelo direito.
O advogado exerce um sacerdócio. Necessita ele da mais ampla e irrestrita liberdade e independência, para operar seu ministério. Rui Barbosa, na Oração aos Moços, sintetiza, com rara felicidade, a fonte de vocação do advogado: “Amar a pátria, estremecer o próximo, guardar a fé em Deus, na verdade e no bem.” Esse dogma vem assente na Declaração Maior do Estado Brasileiro e na consciência do povo.
O advogado é o guardião das liberdades, em todas as épocas. No mundo moderno, porém, deixou de ser apenas o mandatário do cliente, representando-o, nas causas judiciais, para se transformar no profissional que o assiste, em toda parte e em todos os momentos. O desenvolvimento das relações humanas, o progresso e a globalização, nestas últimas décadas, as grandes e rápidas transformações que se operam em segundos, a fascinante máquina – computador e a INTERNET exigem do advogado uma atuação imediata e constante ou, como proclama Mc Luhan, “ o nosso é o tempo de romper barreiras, suprimir velhas categorias, de fazer sondagens em todas as direções.
Discursei-lhes, há um ano, que a verdadeira JUSTIÇA apóia-se no

Poder Judiciário: esteio do Estado de Direito.
Sem ele, a democracia claudica!
Sem ele, a liberdade se extingue!
Sem ele, o direito não passa de flatus vocis!
E que
Ser juiz é ser bom, quando necessário.
Ser justo, sempre.
Ser intransigente com a injustiça e a ilegalidade.
Ser solidário com o inocente.
Ser duro com o infrator.

Eis que, meus fraternos colegas, SEJAM FELIZES na carreira que abraçaram.

Haverá sempre a esperança, a fé, a alegria de viver!

.

Sejam felizes.

Leon Frejda Szklarowsky

Brasília, AGOSTO DE 2002

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