O SONO DAS ALMAS SERENAS
(Maria Hilda de J. Alão).
Lagos, rios, tantos vales orvalhados,
matas que chegam às areias dos mares,
ventos que levam perfumes pelos ares
para além dos espaços estrelados.;
onde jovem espírito, solitário peregrino
em oceano de questões se afunda
tentando entender a alegria profunda
da sensação que deixa o gozo masculino
no corpo da mulher amada que sente
nesse ínfimo tempo um sabor fino
de vinho feito do vinhedo divino
que a deixa louca e lúcida de repente
com tanto prazer, esquece das duras penas,
que fizeram sua vida longa via dolorosa.
Leve, ela alonga a silhueta vigorosa,
para dormir o sono das almas serenas...
20/10/03.
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