O Tabaréu:
- (Risos) Oi, ocê tá boa?
A Tabaroa:
- (Envergonhada) tô sim, Manué!
O Tabaréu:
- Vamo namorá, entonce?
A Tabaroa:
- (desconfiada) Namorá p´rá quê?
O Tabaréu:
- Zéfa, pr á nóis dá um chero!
A Tabaroa:
- (ficando vermelha) Chero d onde?
E o Tabaréu responde:
- (Já impaciente) Chero nun cangote, muié!
A Tabaroa:
- Que cangote, óxente!
- Nem pensá!
- Tô de mal com ocê!
E o Tabaréu, cheio de impáfia:
- Tá nada, isso é manha!
- Me dê logo, sua marvada
- Teu cangote pr á eu cherá!
A Tabaroa:
-(irritada) Vá pastá, Homi atrividu!
- Num gosto de ozadia, não!
- Sou muié decente - decente inté dimais
O Tabaréu:
-(ofendido) Vou xupá teus peito!
- Tu vais gostá, sua danada!
- Tu vai pedi pr á fazê mais,
- Tu vai ardê de prazê!
E a tabarôa enojada
- Vai logo seu molenga
- Xupa meus peito, xupa!
- Eu te dou dez conto
- E tu pára de encher o saco!
E o tabaréu responde:
-(olho no olho) Bota pr á fora, bota!
- um poquinho só, muíé!
-(Já lambendo os beço) Um, êta peito bom!
E a tabarôa:
- (virando os óios) - vai, vai, vai moleza!
- Aai!Aai! É bom demais!
- Vai, vai moleza,
- Aaahi, Aaaahi,
- Êta xupada boa!
|