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Contos-->Tanabata II (lenda japonesa) -- 21/09/2004 - 07:18 (CARLOS CUNHA / o poeta sem limites) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos











Preocupado com a demora da filha, o Soberano Celestial ficou deseperado. Chamou uma garça e mandou fazer uma busca, encarregando-a de dizer à princesa que voltasse o mais depressa possível ao Palácio Celeste.
A garça avistou a princesa dançando na margem oposta da Via Láctea e deu-lhe o recado. Porém, Orihime estava tão feliz, divertindo-se como nunca, que não deu ouvidos ao pássaro mensageiro.
Cansado de esperar e muito zangado pela desobediência da filha, o Soberano Celeste foi buscá-la pessoalmente.

- Não destes ouvidos às minhas palavras! – disse o deus do Espaço Celeste – Olha o céu! Ainda falta muito trabalho a ser feito e ficas aí com namoricos, quando precisamos de nuvens, névoa e cortinas de nevoeiro. Portanto, não poderei mais dispensá-la do trabalho. Tens que voltar ao palácio e continuar a tecer.

E o Soberano Celestial despejou um grande volume de água estelar no Rio Celeste. Então, a Via Láctea que era um lago raso que podia-se atravessar a pé, foi transformado num rio caudaloso, tanta era a água de estrelas que a divindade celeste havia despejado.
Como a princesa Tanabata e o vaqueiro Hikoboshi moravam em margens opostas do Rio Celeste, ou seja, hemisférios opostos da Via Láctea, não havia meio de se encontrarem, mesmo às escondidas.
A princesa voltou melancolicamente ao seu tear no Palácio Celeste. Mas sentia-se tão solitária e com tanta saudade de Altair, que não conseguia mais tecer. Ficava apenas sentada e chorando incessantemente. Ela havia descoberto que era mais feliz na pobre casa rural do vaqueiro do que no suntuoso palácio de seu divino pai.
No Hemisfério Sul, Kengyu no Hikoboshi também morria de saudades de passava o dia todo tocando uma triste música com sua flauta de bambu.
O vento levava a música até o Palácio Celeste e aumentava mais e mais a saudade no coração da princesa. De tanto chorar, as nuvens que restavam no céu desmancharam em forma de lágrimas e despencaram na Terra em forma de chuva.
O Soberano Celeste ficou desesperado porque, com o volume de chuva caindo sobre a Terra, iniciaram-se inundações em todo o planeta, enquanto o céu de nuvens foi lamentavelmente desaparecendo. Ele procurou a filha e disse:

- Por favor, minha princesinha, pare de chorar. Necessitamos tanto de nuvens, névoa e cortinas de nevoeiro para manter o equilíbrio da natureza. Se você continuar chorando, vai causar um dilúvio universal e não restará um só vivente na Terra para contar a história. Vamos fazer um acordo e acabar com essa greve. Você volta a tecer e eu lhe concedo um dia livre por ano para ver o vaqueiro celeste.

Tais palavras devolveram a alegria à princesa e ela retornou com entusiasmo ao trabalho. E desde então nunca mais parou de tecer.
O Soberano Celeste cumpriu fielmente a promessa. Uma vez por ano, no dia 7 do sétimo mês do ano (7 de julho), envia para o Rio Celeste mil pássaros (senbazuru – mil garças) que, com suas asas, formam uma ponte sobre as águas estelares profundas.


Trajando um lindo kimono, Orihime atravessa a ponte das mil garças e corre alegremente para a margem oposta ao encontro do seu amor. Kengyu, o fiel pastor de gado, que a aguarda ansiosamente.
Ambos se sentem radiantes por poderem ficar juntos durante um dia e uma noite. Dizem que um dia estelar equivale a uma eternidade terrestre. Por isso, o amor dos dois é infinito.


produção visual: CARLOS CUNHA





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CARLOS CUNHA/o poeta sem limites

dacunha10@hotmail.com





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