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Artigos-->Os governos e a cultura -- 16/08/2002 - 23:48 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
OS GOVERNOS E A CULTURA



Francisco Miguel de Moura*







No dia 13 do corrente, a coligação A VITÓRIA QUE O POVO QUER, comandada pelo PT, lançou, no Centro de Convenções desta Capital, “A DIRETRIZES DO PLANO DE GOVERNO”, do candidato ao governo do Estado por aquela coligação, Wellington Dias.

De modo geral os governos não olham para a cultura e “o povo da cultura” como deviam olhar. Vêem-nos como se fôssemos algo desnecessário, quando muito um enfeite. Esperamos que um eventual governo do PT no Piauí realmente respeite esse setor em todos os seus aspectos, se possível trabalhando para uma integração consciente, pois dele muito dependem por exemplo a educação e o turismo, para citar apenas dois.

Aproveito a oportunidade para transcrever a página do documento então distribuído, relatando aquele plano de Governo acima mencionado:

“Uma sociedade se sente capaz de grandes realizações à medida que valoriza o seu trajeto histórico, estima seus feitos e assuma os seus próprios valores. O nível de auto-estima da comunidade piauiense pode ser alimentado e consagrado com nossos artistas e intelectuais. As iniciativas no campo cultural devem integrar, como prioridades, um projeto de transformação do Piauí.”

“O governo da coligação A VITÓRIA QUE O POVO QUER valorizará a cultura local através de ações de incentivo à formação, produção e difusão das manifestações artísticas do Piauí, tais como a música, as artes plásticas, o vídeo e o cinema, o artesanato, o teatro, a dança, a capoeira, a cultura popular, a literatura, etc. bem como a ampliação dos espaços culturais, das escolas de formação e da comercialização e divulgação das obras culturais.”

A seguir, dentro daquela orientação, elenca uma série de medidas a serem tomadas:

“Intensificar a preservação do patrimônio arqueológico, histórico e arquitetônico; resgatar a memória documental; ampliar a oferta de equipamentos culturais; estimular e democratizar a produção de bens culturais; estimular a formação de profissionais ligados à arte e à cultura; valorização do artista e da cultura do Piauí através do fortalecimento das ações da FUNDEC e das prefeituras piauienses; criar um grupo de trabalho com os produtores culturais de várias áreas para, nos primeiros três meses de governo, elaborar um projeto cultural para o Piauí e incluí-lo na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) do Estado; apoio ao esporte e lazer através da construção de ginásios e quadras poliesportivas, praças desportivas e parques ambientais nos diversos municípios do Estado; viabilizar o desenvolvimento do turismo ambiental e arqueológico no Estado.”

Desta forma, o Conselho Estadual de Cultura pode muito bem apresentar o seu PLANO DE CULTURA ao novo governo, e, em sendo aprovado, dispensar a tal comissão que o plano acima divulgado prevê.

Porém, estejamos certos de uma coisa: nenhum governo eleito nos dispensa do nosso trabalho de orientadores das várias ações culturais empreendidas, sejam elas propostas por nós ou por eles. Devemos exigir de quem planeja tão bem, que cumpra melhor ainda.

Por outra, cultura não é adorno, afetação ou coisa desnecessária. As necessidades culturais na tão complexa sociedade contemporânea mais se avolumam e se diversificam, não obstante a tendência do mundo à globalização, ou talvez por isto mesmo. Compreender o nosso estar-no-mundo ou, como diria o Prof. Raimundo Nonato Monteiro de Santana, o nosso viver-junto, é o desafio do nosso tempo, pois a partir daí é que intuímos ou compreendemos o vir-a-ser, o futuro, e empreenderemos melhor nossas ações. E tudo isto é cultura.

_____________________________

* Francisco Miguel de Moura é escritor, membro da Academia Piauiense de Letras e do Conselho Estadual de Cultura, além de Presidente da Comissão Estadual do Partido dos Aposentados da Nação (PAN).

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