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Poesias-->Minha casa da Maria -- 25/07/2005 - 18:46 (Sirlei ) |
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Minha casa da Maria
De canto como convém
À amplidão do olhar
Fincada na terra
Como mastro de São João
Estende-se como braços
De afagos largos
Como os braços de uma Maria
E de outro João
Como a organza do vestido
Que guarda o perfume do regaço
A luz que a perpassa ao comprido
Marca de sombra os espaços
Dos vãos que levam ao caminho
Que cumpre no tempo o destino
De fazer do colo o ninho
Lugar certo do abraço
Na grama e nas copas dos pinheiros
Onde se deitam as estrela
E a lua quase inteira
Recupera os pirilampos
Que teceram teus sonhos
Quando no campo
Foram pra você
Verdadeiros companheiros
Os veios de travertino
Que também sustêm os passos
São como espelhos quebrados
- em mil pedaços -
Ressurgidos no olhar
Sob as águas de mormaço
O verde doce
Da esperança
Que abriu da horta a porta
Libertou o tempero das palavras
Qual a escrava do gradio
Que se à noite fica prenhe
Ao dia lavra na pedra do rio
Mas é no seu interior
- E já com alma fora do corpo -
Que sinto o que dali emana
Da alma da minha mana
Um fazer de sentido
Como faz um vestido
Que cobre o corpo da moça
Mas também revela seus traços
Sempre reta e firme
No trabalho pelo laço.
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