Usina de Letras
Usina de Letras
167 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62214 )

Cartas ( 21334)

Contos (13261)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10357)

Erótico (13569)

Frases (50609)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1063)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6187)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->Zé limeira e os três mosqueteiros -- 23/12/2001 - 21:39 (Daniel Fiúza Pequeno) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Zé limeira e os três mosqueteiros


Zé limeira cavalgava
Alegre no Afeganistão
Na fria terra do sertão
Aventura procurava
A guerra não agradava
Pois caia muita neve
O povo todo em greve
Até as quengas aderiu
A bolsa de valores caiu
De tanto que era leve.

O que lhe chamou atenção
Foram os três cavalheiros
Com caras de mosqueteiros
Um com grande bigodão
O outro era como irmão
O terceiro era um espanto
Com sua barba de santo
Apocalípticos oradores
Armados de pena e flores
Tentando fazer encanto.

Nos tempos medievais
Na corte do rei Salomão
Entre a China e o Japão
Perto dos montes Urais
Certos estrangeiros tais
Zé limeira os contratou
Sua guerrilha ensinou
Em grandes competições
Queria todos campeões
Em disputas de sumô.

Falou Daniel Fiuza
Veterano em disputa
Usando a força bruta
Às vezes até abusa
Quando poema ele usa
Em batalhas colossais
Na tv ou nos jornais
Falando de futebol
Na linha passa cerol
Na guerra gosta de paz.

Veio o Rubenio Marcelo
Com sua espada dourada
De kaol foi bem lustrada
E seu escudo amarelo
Tinha um poema singelo
Pronto estava para luta
Com uma rima astuta
No mato grosso do sul
Montava um cavalo azul
Com arreios de araruta.

O terceiro mosqueiro
Era Egídio grande mestre
Embaixo de um cipreste
Em cima de um vespeiro
Na luta foi o primeiro
Na guerra do Paraguai
Lutou junto com seu pai
Tacou-lhe poema em cima
Matou soldado com rima
Quem escapou lembra e cai.

Os três mais o Zé limeira
Viajaram num foguete
Antes tomaram sorvete
Caiaram na bebedeira
Subiram numa palmeira
Pra ver a banda passar
Dormiram ficaram lá
Encontraram o Cervantes
Junto com duas amantes
Lá em Belém do Pará.

Rubenio veio a cavalo
Egídio no caminhão
Fiuza fretou um avião
Todos estavam no embalo
Quando ouviu se um estalo
Era Zé limeira o infante
Montado num elefante
Vinha chegando do sul
Comendo assado um tatu
Lendo o inferno de Dante.

Fizemos uma cruzada
Para enfrentar os infiéis
Vistoriando os quartéis
Onde era nossa morada
Longe da pátria amada
Matamos todos os zulus
Engordamos os urubus
Junto com os babilônios
Os aqueus e saxônios
Foi tema dos maracatus.

Egídio chamou a tropa
Para comer uns pasteis
Pagamos quinhentos réis
E fomos para a Europa
Chegamos depois da copa
A guerra foi pro borralho
O time jogou baralho
Depois de beber cicuta
Só tinha filho da puta
Uns vendidos do caralho.

Daniel ficou fudido
Quando soube o resultado
A guerra tinha acabado
O time tinha sumido
O povo todo ofendido
Sentiu tristeza profunda
Meteu o chute na bunda
No guarda que ia passando
Deixou o cara chorando
No caixão da moribunda.

Rubenio logo endossou
O que tinha combinado
Tinha-se desagradado
Com a guerra que findou
Tirar umas férias eu vou
Na praia de Acapulco
Na costa de Pernambuco
Zé limeira e os três loucos
Que se fazendo de moucos
Cada qual o mais maluco.

Autor: Daniel Fiuza
23/12/2001
Homenagem ao grande zé limeira o poeta metafísico.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui