Jorge Sales o poeta
Despediu-se desta vida
Tal qual uma borboleta
Sobre a roseira florida
Bateu as asas e voou
Mas antes de ir pousou
Em cada flor colorida.
Foi triste a despedida
Já no romper da aurora
Deixando uma ferida
De saudade até agora
Ouvindo seus belos cantos
Cai uma chuva de prantos
Deste poeta que chora.
Meu Deus e Nossa Senhora
Que sempre estão comigo
Minha oração sem demora
Atenderam como eu digo:
“Receberam com carinho
No paraíso o Jorginho
De todos o grande amigo.”
Eu já nem cantar consigo
Estes versos que escrevo
Para viola já nem ligo
Nem poesia tem relevo
Só que tenho as recaídas
E nas cordas doloridas
Eu ponteio um triste frevo.
Alegrar-me eu não devo
Porque dói meu coração
No peito e não me atrevo
Entoar qualquer canção
Contudo em homenagem
A quem fez última viagem
Dedilho em meu violão.
Um rosário de oração
Eu rezo por sua alma
Ergo aos céus minha mão
A São Jorge minha palma
Que ele cuide do irmão
Jorge Sales um cristão
Tenha ele paz e calma.
Passemos por esse trauma
Como numa tempestade
Enquanto a sua alma
Descansa na eternidade
Está em paz JORGE SALES
E nós no mundo com males
Choramos tanta saudade.
BENEDITO GNEROSO DA COSTA
benegcosta@yahoo.com.br
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