Usina de Letras
Usina de Letras
142 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62072 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50478)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->" A MARCA DO REECONTRO" -- 08/09/2004 - 20:59 (RUBENS NECO DA SILVA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

“A MARCA DO REENCONTRO”
PSEUDÔNIMO: NECO


Maurício, proprietário de uma fazenda de cacau no sul da Bahia e empresário no ramo de armazenamento. Era um bom administrador, sabia como aplicar bem seus negócios, fazendo com que seu patrimônio duplicasse a cada ano. 45 anos, ainda solteiro, era forte e elegante. Levava a vida de maneira desregrada. Sua maior distração era estar com belas mulheres, além de passear e dançar. Reunia-se freqüentemente com seus amigos para tomar cerveja e comer um bom churrasco. Era respeitado por todos.
Gozava de boa saúde, inclusive sempre dizia que nunca esteve doente, nunca precisou procurar por médico, nem mesmo tomar uma injeção, e se orgulhava por isso.

Tinha muitas pretendentes aos seus pés. Umas por interesse, outras por conveniência. Numa de suas aventuras, envolveu-se com Edna, mulher de condutas duvidosas, que logo soube estar grávida. Inconformada com esta condição procurou-lhe dizendo que não assumiria a criança, pois não queria ter filhos, considerava-se ainda era muito imatura para assumir esta responsabilidade, e não teria condições financeiras para cuidar de uma criança naquele momento.
Disse-lhe ainda que assim que a criança nascesse o traria para que cuidasse, afinal ele teria condições de lhe dar uma vida mais digna. Maurício não acreditando que o filho fosse seu, expulsou-a de suas terras, e não deu importância ao assunto.
Meses depois Edna voltou com um bebê nos braços e entregou-lhe, dizendo que a partir daquele momento, o menino seria de sua responsabilidade. Deixou-o e sumiu no mundo, sem nunca mais dar notícias.
Maurício não se conformava com aquela situação. Não tinha certeza que o filho era seu, e uma criança tiraria toda sua privacidade. Não sabendo como agir, chamou o caseiro Senhor Lindomar, e entregou-lhe a criança dizendo que a partir daquele momento ele teria que cuidar daquele bebê.
Obrigou-o a jurar segredo sobre a identidade do garoto, e determinou que ficasse longe de outras pessoas. Prometeu ajudá-lo na criação e educação do menino. Senhor Lindomar, olhando para aquela criancinha, nem pensou em recusar. Pegou-o nos braços e obedeceu a ordem de seu patrão.
Lindomar era uma pessoa muito humilde. Solteiro, analfabeto, muito tímido, não conversava com ninguém. Era um pouco mais novo que Maurício, e tinha um bom coração. Cuidava da fazenda juntamente com outros empregados, e morava sozinho num casebre á beira da estrada, porém dentro dos perímetros da fazenda. Apegou-se ao menino rapidamente, cuidava dele como se fosse seu filho. Deu-lhe carinho, amor e o nome de Denis. Não lhe deixava sozinho por nem um minuto. Quando o menino começou a falar ensinou-o a chamar-lhe de tio.
O pequeno menino crescia depressa, e chamava-o carinhosamente de “Tio Li”. Por falta de cultura, Lindomar passava com muita dificuldade os conhecimentos que adquiriu em sua vida, deixando o menino carente de informações e completamente dependente. Desta forma logo as afinidades entre eles surgiram. Denis falava como se estivesse imitando-o. Foi pegando o jeito de se expressar e os gestos do Tio Li, embora o que mais chamava atenção, era uma pinta que Denis tinha no queixo, e Tio Li, a tinha logo abaixo do olho direito. As pintas eram semelhantes, apesar de estar em locais diferentes. Eles ficavam discutindo qual delas era a mais bonita. E quando Tio Li dizia que era a sua, Denis ficava emburrado. Às vezes rejeitava o até jantar, mas logo era confortado pelo Tio, dizendo que a dele era a mais bela pinta que se viu na face da terra.

O tempo foi passando e Maurício acomodou-se com a situação. Denis ficava na fazenda com Lindomar que nunca lhe trouxera problemas.
As festas de rodeios, os bailes e as noitadas na cidade continuavam, porém todos percebiam a ausência do imponente Maurício, que até pouco era tão assíduo. Logo alguns comentários surgiram por toda cidade quando o viram saindo do hospital em uma ambulância para a capital a fim de fazer um tratamento, pois os médicos haviam diagnosticado uma doença gravíssima.
Este tratamento deu continuidade na fazenda. Era-lhe muito doloroso. Maurício procurava se distrair, observando algumas fotos de quando criança e percebia a grande semelhança entre ele e Denis, que já tinha cinco anos de idade. Maurício não tinha mais dúvidas que Denis era seu filho, mas considerava tarde para voltar atrás.
Apesar de todos os cuidados e tratamentos médicos, Maurício foi desenganado. Sentindo que seus dias estavam contados, decidiu fazer uma reflexão de sua vida. Não tinha ninguém para deixar sua fortuna, nem seu patrimônio. Depois de alguns dias, chamou por Lindomar para uma conversa em particular, e lhe apresentou um testamento, que lhe dava o direito de 50% de seus bens, desde que continuasse cuidasse de Denis como se fosse seu filho. Não poderia deixar que nada lhe faltasse. Teria que fazê-lo estudar até se formar e somente teria direito a desfrutar da sua parte da herança quando Denis recebesse o diploma da faculdade.
Informou-lhe que havia contratado em São Paulo os serviços de uma administradora que investiria no mercado financeiro com a responsabilidade de proteger e ampliar seus negócios. E mensalmente estaria recebendo recursos somente para as despesas necessárias.
Mauricio sabia que Lindomar era analfabeto e não teria condições de acompanhar á distância o desenvolvimento de Denis. E exigiu no testamento que teriam que se mudar para São Paulo. Lindomar sem muitas alternativas, aceitou as condições do patrão. Amava Denis como se fosse seu filho, e não mediria esforços para garantir seu futuro.
Tião, um dos principais homens de confiança de Maurício, ouvia esta conversa “confidencial”. Furioso ao descobrir que não fazia parte do testamento, e que em poucos dias, provavelmente, estaria desempregado, sem o menor respeito por seu moribundo patrão, começou a traçar um plano, onde ficaria com a parte da fortuna do caseiro.
Dias depois Maurício faleceu. Tião aguardava este momento para entrar em ação. Alguns dias após o sepultamento, enquanto Denis dormia, aproveitando a noite chuvosa, Tião entrou no casebre arrastou Lindomar para o meio das plantações. Espancou-o violentamente, até que ficasse desacordado. Acreditando estar morto cavou uma vala no solo enlameado e enterrou o corpo de Lindomar.
Friamente, voltou ao casebre, pegou toda a documentação do caseiro, com a pretensão de trocar sua identidade a partir daquele momento. Faria o papel de Lindomar, tomaria conta do menino e aguardaria a fortuna que um dia receberia conforme o testamento.
Ao acordar Denis chamava pelo Tio Li, e foi recebido por Tião, para ele um homem estranho, que dizia ser seu tio. Desconfiado procurava pelo tio em todos lugares. Tião acreditava que com o passar dos anos, o menino esqueceria a fisionomia de Lindomar e o convenceria que o mesmo nunca existiu.
A administradora providenciou uma boa casa, com todo conforto, e conforme determinação do testamento vieram para São Paulo. Tião sabia que ficando longe da fazenda, ninguém atrapalharia seus planos. O que Tião não contava, é que a surra que deu em Lindomar não foi o suficiente para matá-lo. No momento ficou desacordado e gravemente ferido, mas horas depois despertou. A chuva da madrugada permitiu que ele pudesse respirar e a terra úmida facilitou sua remoção mesmo com algumas fraturas.
Com muita dificuldade Lindomar conseguiu rastejar-se até a estrada, porém não sabia para onde ir. Não se lembrava quem era, nem tão pouco porquê estaria ali. Embora tivesse perdido a memória, uma imagem vinha em sua mente, a de uma criança com olhar desesperado pedindo para que o abraçasse. Não sabia seu nome, nem quem era, mas reconhecia a pinta no queixo do menino.
Um homem que passava pelo local o socorreu levando-o até o hospital. Em poucos dias Lindomar apresentou melhora. Apesar de continuar sem memória, questionava as enfermeiras sobre o menino. Dizia que precisava de ajuda para encontrá-lo, mas logo confundia-se, ficando sem sentido tudo o que falava.
Teve alta dias depois e saiu do hospital com apenas a roupa do corpo, perambulando pela cidade. Confuso ainda, perguntava para as pessoas sobre um menino que tinha olhos azuis e uma pinta no queixo, cabelos loirinhos, era o seu menino, porém não sabia seu nome, nem onde morava. As pessoas assustadas, não lhe davam atenção, pois já se apresentava como um andarilho. Não pedia esmolas, somente queria informações sobre uma criança. Algumas pessoas querendo se livrar rapidamente jogavam-lhe moedas e se afastavam. Lindomar ficava desesperado. Não queria dinheiro, ajoelhava-se no chão, chorava e gritava que queria ajuda. Precisava que alguém lhe desse informações sobre a sua criança. Mas quando alguém se propunha a ouvi-lo, não conseguia ajudá-lo, pois a confusão mental não permitia que ele dessa continuidade no assunto. Estava enfermo ainda e tinha constantes convulsões, ficando ainda mais debilitado. Porém, cansado, não desistia da busca ao menino. Procurava-o em vilarejos e bairros distantes.
Com o tempo atravessou cidades, sempre perguntando e procurando pelo menino, que era a única imagem que tinha em sua mente. Seu aspecto físico era deprimente, causava repúdio a quem chegasse perto.
Enquanto isso Tião fazia de tudo para convencer o menino que era o Tio Li, mas não conseguia, pois o menino sabia que o Tio que tanto o amava tinha uma pinta abaixo do olho, pois sempre brincavam muito com esta semelhança. Tião ficava irritado com o menino dizendo que havia se submetido a uma cirurgia e retirado a pinta, porém mesmo contrariado, era obrigado a tratá-lo á “pão-de-ló”, até porque, tinha que manter um bom relacionamento com o menino, pois recebia mensalmente a visita de assistentes sociais da administradora que acompanhavam o desenvolvimento de Denis.
O garoto já não mais se lembrava completamente do rosto do Tio Li. Confuso, já não tinha certeza se tudo era real ou fruto da sua imaginação. Sempre que perguntava sobre a pinta, Tião confirmava que havia tirado.
Na escola Denis era rebelde, aprontava mil e uma, obrigando que Tião comparecesse na escola, onde os professores e o diretor reclamavam sobre seu comportamento. Tião ficava agoniado, pedia desculpas e comprometia-se em fazê-lo mudar. Fazia doações para a escola, ajudava nas festas, até nos alimentos, a fim de reconsiderar as traquinagens de Denis, que observando estas atitudes, irritava-o ainda mais com novas peripécias, pois sabia que não seria punido.
Denis formou um time de futebol de salão na escola, exigiu que Tião comprasse todo o uniforme do time, pois ameaçava parar de estudar se não os adquirisse. Tião mesmo contrariado comprou. Denis num ato premeditado, sabendo que o aborreceria, não quis mais jogar no time. Tião ficou furioso, pois recebia uma mensalidade com quantia suficiente para passar o mês e suprir as necessidades, na verdade não podia desperdiçar. No começo do ano letivo a classe de Denis tinha alunos muito humildes, que não tinham dinheiro para comprar material escolar. Denis intimidou-o para comprar todo material para todas as crianças, pois se não o fizesse, deixaria de freqüentar as aulas. Tião ficava maluco de raiva, mas tinha que ceder aos caprichos do menino.
Certo dia, Denis aproveitando sua saída, vasculhou documentos e papéis antigos que ele mantinha guardado e descobriu que tinha vindo de uma cidade da Bahia. Encontrou uma fotografia da fazenda, que tinha uma vaga lembrança. Decidiu que precisava descobrir a verdade e acabar de vez com suas dúvidas. Procurou informações de como chegar naquele lugar e comentou com um amiguinho da escola que iria até a casa onde morava procurar por seu Tio Li.
Ao chegar na rodoviária Denis convenceu uma humilde família, que precisava visitar sua mãe, pois ela estava doente e pedia que ele estivesse por perto. Juntou-se a outras crianças adentrando na condução clandestina, e partiu rumo a Bahia.
Após alguns dias de viagem, ao chegar na cidade procurou pelo endereço, que havia anotado cuidadosamente. Adentrando a fazenda, Denis avistou o casebre onde morava com Tio Li. Estava abandonado, com vidros quebrados e mato por toda volta. Os novos proprietários não utilizavam a casa para nada. Entrou e viu sua caminha onde dormia quando pequenino. Estava do mesmo jeito que no dia que a deixou, com a coberta jogada por cima dela de qualquer jeito. Triste, lembrou-se do Tio Li e chorou de saudades. Olhava para os cantos da casa como se procurasse por ele.
Tião estava desesperado com o sumiço do menino. Procurou em todas as casas dos coleginhas da escola, mas ninguém sabia dele. Depois de alguns dias de procura, um amiguinho disse que Denis teria ido até a casa onde morava procurar por seu tio. Tião mais do que depressa, partiu para a fazenda e lá chegando encontrou Denis dormindo na caminha que mal cabia seu corpinho. Ao vê-lo entrar, Denis se revoltou, não queria voltar com ele, mas viu-se sem saída, pois os novos donos da fazenda não o queriam por ali. Não sabia como enfrentar a situação. Sem alternativas voltou para São Paulo com Tião e continuou fazendo de tudo para deixá-lo ainda mais irritado, já que tinha certeza que ele não era o seu tio, embora Tião continuasse a tratá-lo muito bem.
E assim passaram-se alguns anos. Denis continuava aprontando com Tião. Corria pelos campos de bicicleta. Um dia caiu e quebrou o braço. Tião ficava agoniado, pois o testamento era bem claro, quanto a saúde física de Denis, que teria que gozar de plena saúde até quando atingisse a maioridade. Quando Denis saia com os amigos para festinhas, Tião ficava inquieto, tinha medo que se envolvesse em brigas, ou qualquer outra confusão que lhe trouxesse dores de cabeça.
Na verdade, a partir do momento que Tião mudou sua identidade, nunca mais foi o mesmo e nem teve um minuto de tranqüilidade. Vivia paparicando e cuidando de Denis, que tinha prazer em torturá-lo, pois no fundo sabia que ele não o seu verdadeiro Tio Li.
Apesar de tantas travessuras Denis tinha um bom coração. Queria apenas voltar a ter esperança de ter o tio dos seus sonhos de volta.
Não entendeu o que teria acontecido com o Tio Li.
Não tinha mais a lembrança do seu rosto, lembrava-se apenas da pinta que tinha abaixo do olho.
Enquanto isso Tio Li, continuava perambulando pelo mundo a procura do seu menino, que para ele continuava sendo aquela criança pequena de cabelinhos loiros, com olhinhos azuis e uma pinta no queixo. Caminhou durante anos, atravessava cidades, sempre perguntando sobre o menino que perdera. Depois de muita estrada conseguiu chegar a São Paulo. Inocentemente, ainda perguntava aos transeuntes se não tinham visto um menininho perdido. Levaram-no a um alojamento, pois a noite era fria e lá ele teria um lugar para dormir e tomar uma sopa quente para alimentar-se.

Depois de deixar Tião desnorteado por tanto tempo com tanto cuidado e zelo, Denis terminou os estudos conforme o tratado. Tião viveu parte de sua vida em função de Denis, e consolava-se em pensar que teria ainda alguns anos para aproveitar sua fortuna.
Denis recebeu o diploma da faculdade. Após o recebimento do certificado e das honras da colação de grau, a sua turma organizou uma ação de cidadania, e entregariam naquela noite fria, marmitex para mendigos que se encontravam em alguns albergues da cidade.
Tião tinha providenciado uma surpresa para Denis naquela noite. Preparou uma grande festa, com decorações e amigos para parabenizá-lo por esta conquista. Depois de anos de dedicação, Tião acabou se apegando ao jovem, e já não tinha interesse em receber a sua parte da herança.

Conforme o combinado ao encerrar os festejos da faculdade a equipe foi até um alojamento com muitos marmitex e ofereceram aos pobres um prato de comida. Todos aguardavam ansiosos e enquanto esperavam a sua vez batiam palmas num só compasso. Cada um que recebia seu prato deixava de bater palmas e os outros continuavam. Num canto da sala estava um homem com aspecto cansado, que batia palmas, aguardando pacientemente a sua vez.
Um amigo de Denis estava se direcionando a ele quando um homem lhe chamou a atenção para que lhe entregasse primeiro, ele desviou e levou o prato para aquele homem que pedia por comida desesperadamente. Denis observando que seu amigo entregou a outra pessoa, levou um marmitex ao velho que aguardava sua vez. Ao se aproximar e entregar o prato, olhou para o rosto do velho; um arrepio tomou conta de seu corpo, suas mãos tremeram, fixou seu olhar novamente e algo tão grande explodiu em seu peito. Viu uma pinta abaixo do olho direito. Observou o rosto envelhecido e judiado daquele homem e o reconheceu. Questionou quase sem voz: “ O senhor não é o meu Tio Li ? ”
Antes que ele pudesse responder, observou que o velho deixava uma lágrima rolar pelo seu rosto. Estava paralisado, pois neste mesmo instante, enquanto o velho parava de bater palmas para pegar o prato, olhou para o rosto do jovem que vinha lhe servir, e observou a pinta no queixo, olhos azuis, e cabelos claros. Naquele momento Tio Li enxergou a criança que tanto procurava, com a voz enfraquecida pelo tempo disse: “ E você não é o meu menino?”
Denis que em prantos já sorria para ele. Ambos esqueceram-se do tempo, das pessoas, da comida, de tudo, apenas abraçaram-se e em silêncio choraram pelo reencontro.
Naquele momento, Tio Li recuperou a memória. Todos que presenciaram a cena emocionaram-se e continuaram aplaudindo aquele maravilhoso reencontro. Quis o destino, que no dia de sua formatura Denis encontrasse. Após ouvir a triste história, Denis pôde perceber que o homem que se passava por seu Tio, era muito perigoso. Foram até a delegacia mais próxima e deram queixa. Contaram toda a história ao o delegado, que enviou uma patrulha para prender o homem que há anos vinha se passando por outro por causa de uma herança. Denis foi para casa acompanhado de Tio Li e da polícia. Quando abriu a porta, estava tudo escuro, e ao adentrar a sala Tião que estava escondido ascendeu a luz e começaram os aplausos. Denis não agradeceu e pediu a todos que ouvissem o que ele tinha para contar. Tião tentou abraçá-lo, mas foi ignorado. Neste momento aproxima-se um velho maltrapilho. Tião o reconheceu imediatamente e começou a chorar. Pediu perdão a Denis e confessou que durante todos estes anos aprendeu amá-lo, e que não saberia mais viver sem ele. Contou-lhe que abriu mão da sua parte da herança, passando tudo para o seu nome. Denis ainda indignado pediu aos policiais que o algemasse e o levasse para a prisão.
Abraçados e felizes Denis e Tio Li tentavam recuperar o tempo perdido.







































































Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui