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Contos-->O grande AMOR de sua vida! -- 06/09/2004 - 22:36 (Daiane Becker) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Era como um pássaro, seu jeito de ser, agir e pensar. Livre para realizar seus sonhos, lutar contra os invejosos e seguir sua vida, a procura de um grande amor.
Inteligência a flor da pele. Mas uma timidez tão grande, que o impedia de fazer muitas amizades. Talvez guardasse uma tristeza tão grande dentro de si, que o impossibilitava de dizer, muitas vezes, o que sentia. Idéias magníficas, mas algumas atitudes sem nenhuma explicação.
Talvez faltasse mais alguém que o tivesse amado, além de seus próprios pais. Sim, sem dúvida alguma. Mas por incrível que pareça, essa pessoa já existiu, mas só ele mesmo sabe porque, do nada, ele a excluiu.
Eram tão felizes juntos! Amigos inseparáveis. Um considerava o outro um verdadeiro irmão.
Tinham muitos planos, faziam trabalhos e provas escolares, andavam de bicicleta, passeavam pelas ruas da cidade, conversavam, diziam o que sentiam, sempre juntos. A cada dia, um sabia mais um pouco da vida do outro. As duas famílias nunca se encontraram tão felizes por seus filhos terem descoberto a verdadeira amizade. E, sem dúvida alguma, nunca o vi tão feliz assim, como se todos as noites sonhasse com o paraíso e no dia seguinte, chegava à escola com um sorriso contagiante!
Foram crescendo e descobrindo a cada dia mais e mais coisas que os deixavam impressionados no mundo dos seres humanos. As descobertas da adolescência, os problemas, as dificuldades começaram a aparecer. Mas nunca desistiram, pois estavam juntos e, sempre que um queria desistir, o outro estava lá para segurar sua mão e o impedir de que faça uma grande besteira.
Vivenciaram momentos incríveis! Festas de arromba, inesquecíveis pores-do-sol, viagens e principalmente... alegrias e tristezas e, ao mesmo tempo... a 1ª paixão! Nossa! E essa foi arrebatadora. Porém sua amiga não estava querendo aceitar esta idéia. Em todas as suas conversas, ele não deixava de falar uma única vez de sua paixão para a amiga que o ouvia atentamente e o aconselhava a falar com a garota.
Já tinham 17 anos. Preocupados cada vez mais com os deveres escolares, em uma profissão... e sempre, grandes amigos.
Mas ele, continuava cegamente apaixonado pela mesma menina fazia 3 anos. Sua amiga não falava absolutamente nada que o pudesse ajudar, pois não agüentava mais ver essa garota, ela causou uma verdadeira mudança em seu amigo que, ela considerava praticamente imperdoável de sua parte. Mas a amiga, nada mais tinha a fazer, além de ouvir os desabafos do amigo.
Passados alguns meses daquele ano, ele chegou eufórico e com uma felicidade que se podia ver em seus olhos! Ele conseguiu! O que sempre quis durante seus últimos 3 anos! Ao saber do ocorrido, sua amiga não falou absolutamente nada, apenas saiu correndo com lágrimas nos olhos.
“Sim... - ela pensava - ... Ele nunca saberá da verdade! Não há mais sentido algum em contar-lhe o que realmente vem acontecendo comigo desde o primeiro dia em que deixei de ser uma simples criança e virei mulher...”. Ela estava constrangida. Seus dias viraram verdadeiras lamúrias, não freqüentava mais a escola, não saia de casa. Praticamente não comia. Não fazia absolutamente nada... além de escrever em seu diário... ELE NUNCA SABERÁ DA VERDADE.
Passadas duas semanas ela recebeu a sua visita, porém, não o quis receber, e jamais gostaria que ele a visse daquele jeito. Mas sua mãe insistiu e ela acabou cedendo.
Sentaram-se na sala. nos primeiros minutos o silêncio tomou conta daquele pequeno ambiente, então resolveram dar um volta pela cidade, assim seria melhor para que pudessem conversar e esclarecer o que realmente estava acontecendo.
Apenas ele falava. Trazia consigo péssimas notícias, mas que para ela, seriam conseqüências de tanta tolice! Contava incessantemente que dês de o começo estava completamente errado a respeito da garota que dizia estar apaixonado, era o oposto do que ele sempre teve em mente ao seu respeito. Estava arrependido e inexplicavelmente frustrado pela perda de 3 anos de sua vida investindo em uma pessoa que o fez perder a noção de todas as outras coisas muito mais importantes que estavam ao seu redor. Foi essa a desculpa que ele deu a sua melhor amiga...
Ela apenas o ouvia, não tinha nada a falar, pois quem havia se arrependido não fora ela... e sim, ele! Não queria dizer nada do que estava pensando. Queria estar em seu quarto, deitada em sua cama, segurando o travesseiro que estaria encharcado de lágrimas. Talvez fossem lágrimas de alguém que durante anos deixou guardado um sentimento tão grande... e que agora não sabia como colocá-lo para fora, expressá-lo.
De repente, ele parou no meio de um pracinha que estavam atravessando... olhou bem fundo nos seus olhos, que naquela instante, já estavam brilhantes... ela queria chorar, gritar... mas não conseguia. Ele se aproximou e lhe deu um beijo, mas ela estava confusa, com medo e se distanciou. Ele, apenas sabia pedir desculpas e dizer que a sua maior felicidade e o grande amor da sua vida estavam o tempo todo ao seu lado e ele não conseguiu ver isso, falou que precisou passar por cima dos sentimentos da amiga... para mais tarde, descobrir que realmente a amava...
Mas já era tarde... ela já havia ido embora, não quis mais saber dos sentimentos do seu amigo, que durante sua vida inteira... a interessaram tanto. Agora era diferente, ela estava cansada, sem forças, não conseguia mais ouvi-lo, não podia mais vê-lo como um simples amigo. Apenas seguiu o caminho de casa, deitou em sua cama e dormiu.
Ele continuou na praça. Estava completamente desolado. Estava certo de que ela ficaria feliz em, finalmente, poder estar ao seu lado... mas estava enganado. Ela quis distância, talvez não o amasse tanto quanto ele a amava (era assim que ele pensava).
Não se viram durante uma semana e foi o suficiente para que acontecesse algo constrangedor. Ele fora visitá-la, mas deu de cara contra a parede... sua mãe estava no fundo do posso, seu rosto estava completamente tomado por uma onda negra. Ela não quis deixá-lo entrar, recusava-se a falar com o amigo de sua filha... deixou-o do lado de fora da casa... e disse: “Nunca mais deixarei você colocar seus pés dentro desta casa, pois aqui, morou a minha filha, aquela que durante todos os dias de sua vida pensava em você, que o amava tanto... mas que você não soube dar valor, não reconheceu os seus verdadeiros sentimentos. E por isso ela não se encontra mais entre nós... ela morreu, por sua causa... por seu amor não correspondido, nunca mais poderei vê-la!”.
Sem palavras, ele saiu correndo pelas ruas da cidade gritando incessantemente o nome dela (da amiga). Procurava por todos os cantos da cidade, com a esperança de encontrá-la. Esperava que tudo o que havia escutado era apenas engano. Ficou horas e horas em busca dela... mas não a encontrou. Estava destruído, acabado. Porém não desistiu, corria mais e mais, não olhava para os lados ao atravessar as ruas da cidade... e, por uma pequena distração... no exato momento que atravessava a rua um carro vinha em sua direção em alta velocidade... não teve nem tempo de olhar para o lado... era tarde de mais! Em fração de segundos estava deitado no meio a estrada! Não adiantava mais tentar salvá-lo... morreu na hora... e ninguém parou para tirá-lo dali.


Por incrível que pareça... ela morreu por um amor não correspondido... e ele, a procura de um amor, que já havia morrido!
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