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Poesias-->PAI, MEU FILHO! -- 15/07/2005 - 22:15 (Maria Luiza Kuhn) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pai, meu filho!





Como um pequeno grande menino

Te coloco na cama

Troco o pijama

E hoje te banhei

Entre meio encabulado

E dizendo que estavas

A me dar trabalho

Me davas os braços

Enrolei-te num roupão

E para te distrair da situaçao

Dizia-lhe que eu tinha

Para enfermeira, vocaçao

E fomos andando

Em passos lentos

De anos

e cansaço de jornada

até o quarto

como se fosses

O meu filho,

Voltando de uma viagem

Cheio de saudades

Lembrei ...

Sei lá porque

Das minhas primeiras cólicas

De menina menstruando

Desmaiei em frente ao espelho

E você, um jovem senhor de 40

Naquele seu porte

De homem bonito e forte

Me carregou no colo

Como seu eu fosse ainda o seu bebe

Chamando o vizinho medico

Como se muito grave fosse

A tola enfermidade

Lembrei como

Se filmado tivesse

que na madrugada

Em que nasceu meu primeiro filho

A única pessoa que me fazia

Realmente falta era voce

Imaginava por certo que poderias

Aliviar as dores do parto

E ser testemunha daquele milagre

Mas neste dia estavas ausente

Como ausente ficaste algumas vezes

Naquele momento

Estavas a viver o teu amor de maturidade

(entendo, como entendo!)

Hoje misturando antes com depois

Sem memória de presente recente

És um frágil menino grande

Lembrando com orgulho sempre

Que foi meu professor no oficio

De dirigir automóvel

Como se este fosse o mais imprescindível

Dos aprendizados

E que sempre fui “estudiosa”

e um exemplo de filha

E eu fico vaidosa...

Rio muito e você gosta

Aí Disfarça lágrimas de lucidez

Misturadas com lapsos de ausência total

Quando seu mundo passa a ser

Tão somente

povoado pela companhia

Do pequeno radio portátil.

Os olhos postos em algum ponto

imaginário e absolutamente seu

Saio do quarto de mansinho

Pai, meu filho

Vai dormir

Quem sabe sonhar

Com algum mundo encantado

Em que quis viver

Com uma certa vocação de “dom Juan”

Que sempre carregou no peito

Algumas verdades que nem sei se

Realmente acreditou!

Dorme, que te banhei

E sei que os pais

Um dia viram filhos

Como talvez hoje

você!.









Ma.Luiza/2005
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