MINHA GENTE MINHA GENTE
Nestas noites insones e inquietantes,
Minhas raízes, plantadas tão distantes,
Tornam-se presentes.
Onde anda minha gente,
Minhas matrizes?
Andam pelas esquinas de Minas,
Talvez dentro de Juiz de Fora,
Talvez fora do centro da cidade,
Mas certamente,
Dentro da imensa saudade
Destas noites sufocantes.
Minha gente é numerosa,
Porém polimorfa e saudosa.
Cada qual no seu canto.
Uma transmutou-se em rosa,
Outro tornou-se santo.
Uns enfrentam a vida
De forma destemida,
Outros superam a morte.
Mas todos tiveram a sorte comum
De ser todos em um,
De ser uma família.
Minha família está partida
Em pedaços e cada pedaço
Com sua vida, seu mundo,
Mas no fundo eu faço
Com que todos se unam
Em um só coração
Na minha oração
Destas noites soluçantes.
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