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| Poesias-->XV -- 10/07/2005 - 15:52 (Myrelle Miranda) |
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Eu sou a flor que desabrocha
mas ninguém percebe.
Eu sou a flor que um perfume
exala, mas ninguém nota.
Agora sou uma flor morta.
Uma rosa que foi uma rosa.
Uma rosa cuja beleza se foi.
Ninguém para mim olha,
ninguém repara no emu rosto.
Eu já não faço parte da minha casa.
Já não sou parte de nada.
Estou à parte olhando todos.
Estou morrendo ou estou morta?
Não tenho consciência de mim.;
sou como uma boneca quebrada.
Não sou mais uma bela rosa.
Sou o que restou da explosão. |
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