Tento divisar o que sobrou...
andar sobre velhos passos
olhando através de estilhaços,
do espelho que se quebrou.;
A imagem que reflete, fora de foco,
em nada se parece humano
quando, algumas partes ainda toco,
parece-me boneca de pano...
Prendo a respiração!
Não vejo meu EU,
é apenas um coração
de alguém que, da vida, se perdeu...
Que medo insano...
e à crença profano
destes dogmas ateus
onde está o meu Deus?
À uma boneca me assemelho...
que jaz inerte, com medo da vida
perdeu-se da mulher atrevida
diferente do que mostra o espelho...
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