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Contos-->" A PROFESSORA" -- 02/09/2004 - 19:42 (RUBENS NECO DA SILVA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


"A PROFESSORA "
PSEUDÔNIMO: NECO

Início dos anos 70. Morávamos num bairro de classe média e estudávamos na Escola Estadual Prof. Ângelo Matos. Escola de boas referências. Muitos alunos de outros bairros disputavam vagas todos os anos para freqüentar nossa escola. Esta tinha normas muito antiquadas, era a única escola que não participava de nenhuma comemoração cívica. Os professores eram contratados apenas para dar aulas. Vivíamos sobre as ordens do regime militar. Não nos envolvíamos com a comunidade e nem tínhamos preocupações que não fossem as do currículo escolar. Havia ainda uma distância muito grande entre professores e alunos, os quais não ousavam retrucar ou responder aos seus mestres.
Nenhuma brincadeira ocorria por parte deles, pois havia o medo que os alunos os desrespeitassem, ou mesmo criassem intimidades. Diariamente tínhamos como obrigação ao chegarmos na escola, ir para o pátio em fila indiana, separados do companheiro da frente à medida de um braço, para cantar o Hino Nacional, o da Bandeira, entre outros. Neste momento colocávamos as mãos no peito em sinal de respeito. Na sala de aula, antes de iniciar os estudos, fazíamos uma oração, evidentemente católica, independentemente se ali haviam crianças de outras religiões. No entanto, apesar de tanto rigor, era comum ver alunos de mais idade entre os mais novos, pois o índice de repetência era muito grande.
No início de março daquele ano, a Professora Shirley estaria substituindo a nossa Professora D. Zaíra, efetiva no cargo. Esta era uma das mais antigas e conhecida entre os alunos como “sargento”. Ganhou esse apelido por um ato cruel que marcou a vida de muitos alunos. Nesta época as carteiras eram duplas, e em uma delas sentavam Gustavo e Ângela. Certo dia o menino estava com diarréia e sentia-se mal. Pediu á professora que o deixasse ir ao banheiro. A professora Zaíra não acreditando no menino, não permitiu que ele fosse ao sanitário. Gustavo ficou agonizando e começou a chorar, pediu novamente, mas a professora não voltou atrás. Gustavo acabou sujando toda a sua roupa, ficando em uma situação constrangedora. Ângela que estava sentada do seu lado pediu para trocar de lugar. D. Zaíra também não deixou. Os alunos ficaram indignados com aquela atitude, sentiam-se impotentes com tamanha crueldade, mas nada podiam fazer.
Nós os alunos, recebemos a professora Shirley, em clima de festa, pois não teríamos a presença da “Sargento” durante aquele ano. A professora Shirley tinha aproximadamente trinta anos de idade, era lindíssima, cheia de vida. Participava ativamente do movimento da “Jovem Guarda”, usava saias ligeiramente curtas, fato que chamava muita atenção, mas era extremamente simpática. Cumprimentou-nos com um sorriso que nunca tivemos antes.



Achávamos incrível, pois ela conversava com todos os alunos. Perguntou nossos nomes, onde morávamos, e o que nossos pais faziam. Procurou saber também sobre as nossas atividades fora da escola, e podíamos perceber em suas expressões, certa surpresa, quando dizíamos que não tínhamos nada para fazer depois das aulas.
Lecionava matemática. Organizou grupos nas classes, chamados de comissão de festas. A professora Shirley tinha um jeito de ser totalmente diferente dos demais professores da escola, sempre vinha com novidades ousadas.
Tinha o apoio de seu pai, um empresário influente que apoiava o governo da época. Por ser tão diferente, os outros professores a evitavam e rapidamente a isolaram. Inclusive alguns professores tentavam denegrir sua imagem. Ingênuos, ficávamos apreensivos com aqueles comentários, mas tudo mudava quando a Professora Shirley entrava na sala de aula, por sua simpatia ganhou a confiança de todos os alunos.
Durante suas aulas aconteciam coisas inusitadas. Aninha era uma das mais velhas da turma, trabalhava á tarde e chegava em casa ao anoitecer, contudo, tinha que estar às 7:00 horas da manhã na escola. Cansada, geralmente dormia. Certa vez, a Professora percebendo que ela dormia, pediu para que todos ficássemos quietos, pois não podíamos atrapalhar o sono de nossa coleginha. O silêncio tomou conta do ambiente por alguns minutos. Aninha despertou e quando percebeu que todos os alunos estavam quietos olhando para ela, deu um sorriso encabulado. Fizemos uma verdadeira farra. Nunca tínhamos brincado com alguém contando com a participação de um professor, para nós foi a glória.
Todos os alunos passaram a respeitá-la ainda mais, de vez em quando, um ou outro aluno dormia na sala de aula, mas para cada um que adormecia tínhamos uma surpresa diferente. A professora apontava o giz e jogava na cabeça do aluno, outras vezes solicitava uma salva de palmas que acordava o dorminhoco despertando-o assustado, e sem saber que era para ele mesmo começava também a aplaudir, e assim iniciava-se outra festa. A empatia entre os alunos e a Professora Shirley, incomodava aos demais mestres da escola.
No mês de abril tivemos a primeira surpresa. Uma festa comemorativa ao aniversário do patrono da escola. A Professora selecionou os alunos para participarem de uma peça de teatro, outros para declamações. Recebemos pessoas importantes da família do homenageado, o Professor Inácio Sampaio de Azevedo, que estranharam a ausência do corpo docente, uma vez que se encontrava somente a Professora Shirley e o Professor Augusto, os demais argumentaram compromissos inadiáveis para não participarem da homenagem. O Professor Augusto era um homem sisudo, de aproximadamente cinqüenta anos, solteiro, e começava a demonstrar certo interesse pela bela Professora. Esta por sua vez, não dava a devida importância aos galanteios do mestre Augusto, porém sempre o envolvia em suas peripécias estudantis.
Em maio fizemos uma grande festa para as mães. Era a primeira vez que o colégio comemorava essa data. No final deste mês fizemos a nossa primeira excursão. Fomos para o Museu do Ipiranga, a programação seria conhecer todo o espaço cultural, incluindo a Casa do Grito, o Monumento, e a visitação ao parque. Todas as turmas se interessaram em participar, inclusive os alunos mais velhos, famosos por suas irreverências, onde se destacava Maurinho, rapaz de 16 anos, disputado por quase todas as meninas do colégio. Já havia namorado as mais bonitas. Era muito egoísta, brigava por qualquer coisa que achava que lhe pertencesse. Apesar de não ter habilitação já dirigia, andava com automóveis emprestado e sempre arrumava encrencas por onde passava. Era pobre, porém muito orgulhoso, gostava de desfilar entre as meninas convidando-as para passear no veículo dos outros.
A Professora Shirley tinha um lindo automóvel, último modelo. Maurinho estava deslumbrado e não largou mais da Professora, interessado e experiente, apesar de sua pouca idade, jogava seu charme para a Professora Shirley que parecia se divertir com a situação.
Nós andávamos pelo Museu sempre em grupos, tudo era novidade. Ao terminar o passeio, voltamos para a escola de ônibus fretado juntamente com os monitores responsáveis pela turma. Ao sairmos do parque, vimos quando a Professora Shirley passou pelo ônibus em seu carro acompanhada de Maurinho, que acenava sorridente. O Professor Augusto tentava desviar nossa atenção, fazendo comentários sobre o passeio, mas foi em vão. No dia seguinte o comentário era geral, que Maurinho estava namorando a Professora Shirley. As alunas ficaram desesperadas e começaram um burburinho na escola tentando ridicularizá-la. A experiente Professora parecia divertir-se com as cenas de ciúmes.
Iniciamos os ensaios para a quadrilha que seria apresentada nas festas juninas, evento que nunca tivemos a oportunidade de participar. Novamente todos os alunos queriam estar nas festas de Santo Antonio, São João e São Pedro. Montamos barracas com alimentos típicos e danças folclóricas.
A Professora trouxe um outro colégio para se apresentar na noite de São João. Enquanto este se apresentava, vimos a Professora aos abraços e beijos com Maurinho. Tínhamos presenciado dias antes, a mãe de Maurinho reclamando com a diretora sobre o comportamento de nossa Professora. Ouvimos a diretora dizer que nada poderia fazer, pois ela fora indicada pelo governador, e somente ele poderia transferi-la. Para nós o comportamento da Professora Shirley não causava mais surpresa, e aproveitávamos as festas para namorar também, já que ela era responsável pela barraca do correio elegante, e acabou aproximando muitos casais.
Durante a festa o Professor Augusto começou a sentir-se mal. Foi um corre-corre para prestar-lhe socorro, mas não fora nada sério, apesar de já ter enfrentado várias cirurgias era um homem forte, apenas tinha como seqüela um defeito na perna e mancava, mas no dia seguinte lá estava ele lecionando novamente. Alguns alunos ficavam o imitando, e assim não conseguíamos prestar atenção em sua aula. Colocou alguns exercícios na lousa e nos deu alguns minutos para resolvê-los. Percebemos quando ele sentou-se na sua cadeira, estranhamos o seu comportamento, estava pálido, apesar de não ser um homem rude, mantinha a linha traçada pelo sistema educacional implantado, pois era inaceitável que um professor não se desse ao respeito, até mesmo doente, teria que se manter firme para demonstrar autoridade. Apoiou sua cabeça sobre a mesa. Inocentemente acreditamos que ele pudesse ter dormido, olhamos uns para outros, lembramos da Professora, ficamos quietos, um grande silêncio, não podíamos perturbar o sono de ninguém, mas para ele não aplaudimos e alguns minutos se passaram. A Professora Shirley que dava aula na sala ao lado, estranhando o silêncio, resolveu verificar o que estava acontecendo, entrou na sala, e ao ver o Professor Augusto, ficou séria, olhando para nós, dirigiu-se ao velho mestre, colocando suas mãos na testa dele, e num ato desesperado, pediu para que chamássemos a diretora.
Iniciou-se um grande barulho, fomos convidados a sair da sala e aguardarmos no pátio. Logo depois uma ambulância chegou e levou nosso Professor de geografia e história, para o hospital no qual ficou internado por vários dias. Recebemos um Professor substituto, que daria continuidade as aulas até nossas férias, que já estavam próximas.
Durante as férias presenciamos Maurinho desfilando com o carro da Professora Shirley para cima e para baixo, sempre acompanhado de belas garotas. Percebemos que ele estava enganado a professora. Estávamos Inconformados, não podíamos permitir aquilo. Aquele esnobe, desfilando com seu carro acompanhado de outras meninas, era muita ousadia.Conseguimos o endereço da Professora e mandamos uma carta, contando o que estávamos presenciando.
Numa tarde de sábado, estávamos jogando bola na quadra da escola, quando ela chegou. Não nos viu, mas percebemos que estava furiosa, estava enciumada, pois Maurinho sem notar a presença dela, desfilava em frente o colégio com três garotas em seu carro.
A Professora Shirley foi até a delegacia e fez uma ocorrência de roubo do seu veículo, e que segundo informações estaria rodando pela zona leste de São Paulo. A informação foi precisa. Já era tarde, estávamos indo embora quando três carros da polícia cercaram o carro com Maurinho e as garotas. Armas em punho, todos de mãos para cima.
Maurinho tentou explicar, mas foi violentamente espancado. As meninas jogadas para dentro do carro da polícia e Maurinho todo ensangüentado, foi levado para um hospital e depois preso. A mãe do rapaz desesperada conseguiu junto com os pais das meninas presas, arregimentar dezenas de outros pais, e foram até a delegacia tentar provar que o carro não havia sido roubado e sim emprestado pela própria Professora, após a promessa de Maurinho á ela que continuariam o namoro.
Logo a Professora decidiu retirar a queixa e ele foi solto. Os pais inconformados tentaram tirá-la da escola, porém só conseguiram a troca da diretora e de alguns professores que não simpatizavam com ela.
As aulas reiniciaram, e logo tivemos a festa de sete de setembro e pela primeira vez desfilamos em volta do quarteirão com banda de música enviada pela prefeitura. Entoávamos o Hino Nacional. A nossa professora era a porta bandeira. Maurinho tinha sido transferido para outra escola e o Professor Augusto estava de volta, apesar de ainda debilitado e abalado por uma doença, que não tínhamos maiores conhecimentos, tentava aproximar-se dela. Foi quando o jovem Euclides, que tinha sido transferido para nossa escola, chegou perto da nossa Professora e fez-lhe alguns galanteios. Ela estava interessada por este rapaz, pois o relacionamento com Maurinho havia terminado logo depois do episódio do carro.
O que ela não sabia é que este rapaz sofria de esquizofrenia, e mania de possessão. Por conseqüência disso logo outro escândalo veio à tona. Ela até tentou não mais se envolver com ele, mas foi em vão, Euclides não mais lhe deu paz. Durante as aulas, invadia a sala e tentava beijá-la a força, era um cenário muito agressivo, e não sabíamos como agir. Numa das ocasiões o Professor Augusto entrou na sala e partiu para cima dele tentando separá-los, foi violentamente agredido, mas num ato de coragem, o Professor arremessou uma cadeira que atingiu a cabeça do rapaz que caiu no chão. A Professora Shirley correu para o corredor, pedindo que saíssemos depressa e correu para seu carro. O Professor Augusto foi novamente internado e o rapaz sumiu do local. A polícia foi chamada, e tentou durante toda a noite encontrar Euclides, mas não conseguiu localizá-lo.
No dia seguinte ao amanhecer, Maurinho foi até a casa de Shirley que já estava de saída, queria falar-lhe, ela pediu que ele entrasse no carro que iriam conversando para ganhar tempo. Ao chegarem no estacionamento foram abordados por Euclides, que se dirigiu até a porta do carro onde se encontrava Shirley, pedia desculpas e perdão pelo acontecido, implorava para que reconsiderasse. Maurinho enciumado foi para cima do rapaz com socos e pontapés, e depois da briga foram embora. Shirley sentia certo desagrado, pois estava envolvida com dois rapazes que estavam lhe causando transtornos. Porém, depois de discutir com ambos, para sua surpresa nesta mesma noite ao chegar em sua casa, deparou com Euclides que a esperava sentado na calçada de seu edifício. Quando a viu, começou a gritar alto e em bom tom que a amava, que queria fazer amor, que precisava muito dela. Shirley não agüentava mais tanta pressão, entrou e chamou a polícia, que minutos depois levava Euclides para a delegacia. Logo após prestar um depoimento foi liberado, sob a ameaça de que numa próxima queixa, ficaria preso.
Na manhã seguinte, Euclides inconformado, aguardava novamente por Maurinho, queria prestar contas da surra que levou no dia anterior, só que desta vez, estava armado.
Apesar do relacionamento entre Maurinho e a Professora Shirley estar abalado, ainda continuavam a se encontrar. Maurinho acompanhava-a diariamente até a escola. Ao encostar o carro, surgiu a sua frente Euclides, provocando uma discussão. Maurinho que tinha sangue quente nas veias, logo partiu para cima dele. Novamente uma briga começou, e Shirley, saiu do carro na tentativa de apartá-los. Já havia várias pessoas assistindo a confusão àquela hora da manhã. De repente ouvimos dois tiros. Shirley e Maurinho caíram no chão, estavam feridos e sangravam. Euclides olhava os dois deitados e com a arma na mão, falava aos gritos que a amava, e não permitiria que ela tivesse outro homem. As pessoas vendo que ele estava armado e descontrolado não se aproximavam, mas a certa distancia pediam para que ele não atirasse mais. Foi um momento de pânico e terror.Euclides foi preso, por um policial que andava por ali a paisana, porém no novo depoimento puderam perceber que ele não estava em perfeito juízo. Avaliado por uma junta médica, foi internado num hospital psiquiátrico, onde permaneceu por muitos anos.
Shirley e Maurinho foram socorridos, e após alguns exames e cuidados tiveram alta médica. Apesar do grande susto, os ferimentos não foram tão graves. Após o acontecido Maurinho e Shirley romperam definitivamente aquele relacionamento que estava extremamente desgastado.
Em outubro, Shirley visitou o Professor Augusto, que apresentava um estado muito debilitado, este por sua vez, dizia aos quatro cantos da escola que a pediria em casamento. Shirley sensibilizada com a doença dele passou a lhe dar maior atenção. A melhora do professor foi notável e logo passou a participar dos eventos promovidos por ela, que contava agora com o apoio de todas as outras professoras.
Novembro chegou. Por várias semanas tínhamos treinado para o desfile do dia da bandeira, e novamente foram convidados os parentes do patrono do colégio. Todas as famílias também estavam presentes. O governador mandou representantes para o local, e iniciou-se um grande desfile. Os professores do colégio que não costumavam a participar dos outros eventos, desta vez desfilaram acompanhando todas as séries. A última equipe que entrou na avenida, eram dos formandos daquele ano, que tinham preparado uma grande surpresa para o professor Augusto. Este entrou como porta bandeira, andava com dificuldade, mas ao ver todas aquelas pessoas á sua frente, encheu os pulmões e caminhou. Alguns alunos tentaram ajudá-lo, mas ele suplicou que não o fizessem, pois tinha que provar para a professora Shirley que ele estava curado. Ao conseguir chegar a sua frente no palanque, ela iniciou a leitura de uma carta em homenagem ao professor Augusto, que fincou a bandeira no chão e se apoiou tentando de todo jeito manter-se em pé. A multidão que acompanhava o evento, presenciava o drama daquele homem. Os convidados estavam emocionados. Shirley em poucas palavras exaltou a vida, o trabalho, a luta para se recuperar da doença que se abatia sobre ele, e enalteceu a sua vontade de não abandonar o que mais gostava de fazer, que era lecionar.
Durante o discurso o velho mestre foi se ajoelhando segurando no mastro da bandeira, tentava ficar em pé, mas não conseguiu. Os alunos tentaram segurá-lo, mas novamente ele pediu que não o fizessem. Foi caindo e deitou-se no chão. A professora Shirley desceu do palanque, abraçou-o chorando, acariciando-lhe os cabelos, informou a todos que ele tinha acabado de falecer. Segurava ainda firmemente a bandeira que ele tanto respeitava.Uma comoção tomou conta de toda a comunidade. E estas pessoas em homenagem aquele dedicado professor, conseguiram nomear a avenida principal com seu nome Augusto de Sousa Aranha, além de um busto de bronze no pátio do colégio.
Ainda hoje, esta escola é procurada e disputada por alunos, por ser conhecida como uma das melhores escolas da região, onde tem em sua direção a querida professora Shirley.






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