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cronicas-->Sobre: O Vinho Antigo -mscx -- 30/08/2003 - 02:23 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Livro O Vinho Antigo: Alcimar Fernandes Pereira: Gráfica e Editora Itamarati Ltda.1994: 166 p.Brasília-DF.
Por: maria do socorro Cardoso xavier

Autor de inteligência privilegiada; grande soma cultural. Sensibilidade, astúcia e angústia de ser. Elementos que pululam a primeira vista da leitura deste mágico livro.
A linguagem do autor de "O Vinho Antigo" cativa, atrai - levando-nos a saborear em taças antigas o vinho, produzida naquelas odres pretéritas.
Seus poemas dizem muito e quase tudo, que a natureza humana sente e capta de forma surreal - metalinguisticamente. Inspirado por uma cultura milenar, mágica, mitológica - Todo mito tem um fundo de verdade. O surreal para não comprometer. Como eram sábios os antigos e deliciosos seus vinhos!
Nós ocidentais, humanos gostamos da fantasia; nos faz driblar o medíocre, terra a terra, que satura de tédio.
Poemas de Alcimar são mistérios insondáveis de sondáveis seres e do universo em ebulição. Livro de duplos sentidos e alcances. Os níveis de consciência em alto grau de abstração realiza uma catarse e um ressuscitar de deuses e heróis que bebiam aquele vinho.
Livro filosofia em versos, alta qualidade e profunda essência. Leva a reflexão.Arquétipos antigos povoa o inconsciente superlotado de duendes, porque mortal... maniqueísta."Eu sou um curador e sou um poeta, como qualquer curandeiro tribal da antiguidade". Eros é deus-pai -mãe de todas as cosias. Ou não? Freud e Jung se defrontam. Jung leva vantagem.
Atração e repulsa; amor e ódio se cruzam nas relações dos humanos terráqueos, que não superaram o "iceberg "do ser. Para o autor, A vida é história, lenda. Deixa rolar, correr, voar. Ele acredita, como os gregos, "que tudo que existe obedece à necessidade e se encaixa numa ordem justa".
O autor, poeta Alcimar Fernandes Pereira navega no mundo intra-psíquico - real e mitológico, onde vai as origens heróicas de um passado milenar, que nós como seres históricos, jamais nos libertaremos. E serve de referência pretérita.
Cosmogonicamente ressuscita Sísifo, Prometeu, Fênix, Argos, Neturno e Afrodite e se entrelaça nas teias acáricas de Ariadne. É o Galaaz e o Percival da alma pós-moderna. Anjo e demónio em porfia constante nesta natureza humana hanseniática.
Nas tessituras da História reporta-se aos exércitos de Alexandre, da Macedónia, ao templo de Salomão, O profético de Moisés; ao reino de ítaca, escreve novas Ilíadas e Odisséias.Jardins suspensos da Babilónia, Etruscos, Sumérios, Delenda Cartago.
Como o autor diz: " Há uma história por trás da história, humanos mundos dentro do nosso mundo".
Detentor de um imaginário riquíssimo, este livro é uma jóia rara de poesia. Mina infinda de diamantes, brilhantes, esmeraldas, rubis, águas marinhas, pepitas de ouro e prata. Para todos os brilhos e luzes, egos, super egos e ids; bem garimpados. Não é à toa que o autor em sua polissemia, trabalha com cristais (cristaloterapeuta) para melhoria de seres complexos que somos nós. O autor acredita que há uma harmonia que silenciosamente rege o mundo. Segue Heráclito, pensador grego que concebia: "a harmonia invisível é superior a visível".
Assim é O Vinho Antigo"saboreado por mim: - néctar dos deuses, vestidos de ouro 24 quilates. Garimpo penetrante, versos poderosos, pujantes, da palavra simbolizada. Elementos mítico-históricos da sociedade clássica e alhures, povoa este universo iinconsciente, dando aquele sabor homérico -ulissiniano. Mundo de bênçãos e anátemas; lástimas e dádivas. Uma hermenêutica singular sideral do mundo. Uma leitura das alturas descida à terra. Seu autor, qual deus anónimo e perdido por estas galáxias. Astro. Mestre. Senhor das searas. Peregrino. Lapidário do ouro não encontrado.
Hoje observa os pobres das portas da Igrejas, cantando como as cigarras; não poder ser violado o coração sagrado...
Tudo se metamorfoseia. O pássaro já foi lagarto, que por força da necessidade adquiriu asas?... Assim é o poeta Alcimar, profundas mudanças em sua psique transparecidas em homéricos poemas, simbólicos, ricos, temerosos e abissais, como o oceano de Posseidon. Discípulo de Jung, não poderia ser diferente.
Li este livro do poeta Alcimar, como se estivesse estudando, preparando aulas de história antiga clássica, quando da minha ativa acadêmica. Ajudou-me refrescar muita coisa, que jazia esquecida, pelo desgaste da memória. História, ciência, pura filosofia como que jorradas em ànforas e recebidos por este poeta negro, de reluzente inteligência, mensageiro sábio daqueles deuses por aqui.
Encantada com este presente em versos. Embriaguei-me, êxtase. Caí em sono nos braços de Orfeu- com o sabor, o sorver deste Vinho Antigo.

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