E Quando fico sozinho
com meu copo de vinho!
Sentado numa pedra,
no breu da noite,
o luar me espanta.
Vivo só sem regra,
e do vento o açoite,
uma canção canta!
Sozinho não estou,
no meio da mata.
Da água o arroio,
o curiango cantou,
escuto a cascata.
É assim meu apoio.
Minha sombra amiga,
é meu par na dança,
com a lua converso,
escuto a cantiga,
num mar de lembrança,
mergulho no verso.
E assim sou feliz,
vou pra casa dormir,
apago o candeeiro.
Sou assim meu juiz,
só meu ser existir,
eu tenho companheiro.
06/07/2005
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