Apego-me a um pouco de vida,
migalhas de sobrevida
que o tempo fez-me presente,
de um ausente viver
quase sem saida...
Agarro-me nas poucas protuberâncias
que o desejo saliente desarquiva...
incongruências tamanhas
que, agora, quase estanca
diante de dores tantas
Deixo o vento lufar,
introjetando-me confiança,
por não estar tão perdida...
embora sem fiança
deste peito que pouco alcança
mas, que ainda grita,
porque a morte não intimida
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