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Artigos-->Mãos -- 14/08/2002 - 21:38 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Mãos

(por Domingos Oliveira Medeiros)



Mãos que afagam, e que apedrejam. Mãos dos que se amam e dos que se odeiam. Mãos que se entrelaçam, em apertos. Mãos dos que se gostam. Mãos dos que se abraçam. Mãos que se afastam. Dos que se empurram. Mãos dos que se detestam. Dos que não prestam. Dos que se evitam. Dos que desconfiam. Mãos dos que sussurram. Mãos que empurram. Mãos dos humildes. Dos que não gritam. Dos que imploram. Mãos dos calados. Dos sacrificados. Mãos dos que choram. Mãos que mendigam. Dos que imploram. Mãos que pedem esmolas. Mãos que enxugam lágrimas. Mãos vazias. Mãos de nada. Mãos. Mãos do até logo. Dos que voltam breve. Dos que acenam. Mãos de adeus. Mãos dos que vão embora. Mãos que pouco demoram. Em nossas mãos. Em nossas memórias. Mãos que confortam. Que reparam. Que cozinham. Que costuram. Mãos que lavam e passam. Mãos que se confiam. Mãos que nos amamentaram. Mãos que nos alimentam. Mãos de minha mãe. Mãos iguais as minhas. Mãos dos meus irmãos. Mãos dos meus pais. Que me seguram. Que me ensinaram. Mãos que apontaram. Para o futuro. Mãos para o alto. É um assalto. Mãos que me avisaram. Quais os perigos. Mãos que fizeram. Mãos dos meus amigos. E de meus inimigos. Mãos que me ajudaram. Mãos que me deram a mão. Mãos que tudo fazem. Mãos que escrevem. Que pintam, Que tocam. Que representam. Mãos educadas. Que pedem silêncio. Mãos traiçoeiras. Mãos curiosas. Mãos trêmulas. Mãos nervosas. Mãos que procuram. Mãos que alisam. Mãos na contramão. Mãos que nos guiam. Mãos perigosas. Mãos nas rodovias. Mãos que andam em vias. Mãos macias. Que rodam no corpo da amada. Que sente a sua pulsação. Mãos do amor. Mãos do coração. Mãos que rezam. Mãos que suplicam. Mãos que pedem. Mãos que oram. Mãos que nos trouxeram ao mundo. Mãos que nos confortam na última hora. Mãos que acendem velas. Mãos que vigia. Mãos de noite. Mãos de dia. Mãos que trabalham. Mãos poesia. Mãos que escolhem. Mãos que selecionam. São tantas as mãos. A nossa fala. A nossa maneira. Neles estão. Gravadas nos gestos. Na palma da mão. Aberta ou fechada. Enxuta ou molhada. Nossas mãos somos nós. Nesta infinita caminhada. Nossas mãos vão pegando. Nossas mãos vão soltando. O que for encontrando. O que é bom se segura. O que é ruim se abandona. Para o céu ela acena. Vai pedindo carona.





Domingos Oliveira Medeiros

14 de agosto de 2002







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