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Cordel-->Cálo nas mão é o diproma do matuto seu dotô! -- 04/10/2008 - 10:56 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Cálo nas mão é o diproma do matuto seu dotô!


Êci matuto seu dotô
Nunca foi ni iscola não!
Eli é a parte dus restõi
Qui tem nesta nação.
Na vida num têvi sorte
Sua sina foi naçê no norte
Ondi o guverno óia não!

O dotô é bem letrado!...
E lá no sul foi morá
Num sei pruquê vosmicê
Do norte num qué gostá
Dispreza ancim o nordeste
Sabemo nóis os caba da peste!
Mais fiquemo a silenciá.

Matuto num iscrevi bem...
Curpa deli não dotô!
Derna de sedo sua luta
Foi cê um bom lavradô.
Iscola niuma cunheceu
Da inxada sempi viveu
Cuns cálo e suas dô.

Derna de piqueno seu fio
Já tem pur obrigação
Trabaiá cum seu isforço
Pra ingrandecê a nação
Sorte têve o dotô
De num cê um lavradô
Formado de cálo nas mão.

É pur iço qui é idiota dotô!
Ele num sabi iscrevê
Só qui eli é inducado
Pra da lição ni vosmicê
Qui freqüentô facurdadi
A sua infilicidadi
Foi num aprendê o abêcê.

Quando cê tava na iscola
O fio na róça trabaiava
A caneta qui cunheceu
Era um cabo qui cigurava
Para a inxada carpi
No isforço do ir e vir
Os jôio ele rancava.

Outros tanto seu dotô
Foi pra Sun Pálo trabaiá
Pra módi ganhá diêro
Pra sua famia sustentá
No trabái de fazê concreto
Seno pra todos obijeto
Mais nunca aprendeu robá!

Lá inriba du erdifiço
Leva taba e cimento
Quandu vê xuva no norte
Vorta pra cumpri seu intento
Para o cabo da inxada
Ele carpi a terra moiada
Pra prantá o alimento.

Quando o sór torna isquentá
Qui quema aquela prantinha
Vorta ele cabisbáxo
Praquela merma vidinha
Intonci as mão calejada
Qui calejô pur quazi nada
Agora só come farinha.

Dêcis ladrão qui aí istá
O dotô num vê nordestino
Pruquê as iscola da vida
Li insinô derna minino
Ganhá o pão cum o suó
Nas suas mão é calo só
Mais é esse o seu distino.

Só isso dotô, só isso!
O matuto cunsiguiu
Mão calejada, disgosto
Na vida foi o qui viu
Pra no fim iscuitá lorota
Qui eli é um idiota
Do nordeste do Braziu.
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