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Contos-->Uma visão de Vênus -- 22/08/2004 - 23:42 (Ernane Calado de Souza Melo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
"Agora, quando nos postamos em nosso jardim ou passeamos pelo parque admirando a paisagem num belo dia de sol, devemos ver um mundo novo. Não podemos mais pensar que o universo que habitamos está se expandindo em todas as direções até o infinito; sabemos que o universo é fisicamente infinito, mas curvado de uma forma que o torna limitado e finito.Vivemos dentro de uma bolha espaço/tempo e, como os físicos que pesquisam o hiperespaço, intuímos outras dimensões. E quando olhamos em volta, para as formas dentro deste universo, já não podemos ver matéria sólida, mas substância energética.Tudo nada mais é do que um campo de energia, de luz, todas as coisas interligadas e influenciando-se mutuamente..."

Puxa! Não pensei que este livro fosse tão bom, que abordasse tão profundamente e com precisão as questões universais. O seu título, "A Visão Celestina", não dá pistas sobre o seu conteúdo. Eu, com a mania de ler vários livros simultaneamente, interrompendo a leitura de cada um deles, estou surpreso. Gostaria de prosseguir com sua leitura até o fim, mas estou cansado e muito sonolento. Este jardim, estas flores, estas aves... sentado neste banco... Visões Celestinas...

Olá!...Olá!...

Ué! Escutei alguém me chamando... Como? Não conheço ninguëm por aqui!

Levanto a cabeça e quase caio para trás. Não! Não é possível! És tu? Estas foram as poucas palavras que pronunciei por um longo período. Me levanto. Ficamos olhando um para o outro, olhos nos olhos, faces enrubecidas. Sem dizer uma palavra, saímos caminhando pelo jardim, entre flores, pássaros e borboletas. Ao fundo, a sinfonia da Natureza. Parecia que alguém ao longe tocava alguma música de Beethoven... ou seria Mozart? Brahms? Não importa. Estava ao teu lado, em silêncio profundo. De vez em quando, nossos olhares se cruzavam, sorríamos. De repente nossas mãos se tocaram... Que sensação de paz, de harmonia, de amor!... Apertávamos nossas mãos como se quiséssemos perpetuar aquele toque e torná-lo real. Estavas vestida de um azul, mesclado de um branco radiante. Te envolvia um véu diáfano por onde a luz ao se refletir em teu corpo iluminava o nosso caminhar. Chegamos aos degráus de um caramanchão por onde subimos lentamente.

Por que vieste assim, tão de repente, sem avisar?

Queria ver o meu amigo real, te conhecer melhor, estar junto de ti, por uns momentos.

Espera, por que por uns momentos? Não vais demorar?

Não posso.

Soltei sua mão.

Por que soltaste? Não queres?

Amigos não se tocam dessa maneira, nem que seja apenas o toque das mãos.

Mas nós somos amigos diferentes. Podemos nos definir dessa maneira. Afinal de contas, o que dois amigos como nós, como se comportam, depende do que pactuarmos. A menos que não queiras.

Sim, quero. O toque simples de tuas mãos me transmite uma energia, uma sensação indescritível.

Segurei sua mão com mais força e continuamos.

Olha para o céu. Está de um azul tão lindo como tuas vestes. É pena que não seja noite, pois poderíamos estar vendo as estrelas, os planetas, Vênus...

Mas Vênus não aparece apenas à noite.

Como sabes? Tens razão. Consegui vê-la algumas vezes mas em ocasiões favoráveis do céu e sempre próximo ao crepúsculo.Mas, a esta hora, impossível!

Não, meu amigo. E possível, sim, pois aqui estou ao teu lado.

Beijou minha face. Retribuí emocionado, olhos fechados... Ao abrí-los não mais a vi...

Ué! Onde estou? Acho que dormi. Mas,... que sonho maravilhoso eu tive. Acho que virei todos os dias a este jardim e aguardarei por novos sonhos...

"...vivemos situações em que sabemos que alguma coisa está prestes a acontecer ou poderia potencialmente acontecer... O mais significativo é que sabemos que a nossa atitude e a nossa intenção a respeito das outras pessoas são extremamente importantes. ... quando pensamos positivamente, nos elevamos e elevamos os outros, e acontecimentos incríveis começam a ter lugar."

Vou interromper a leitura. Amanhã, espero continuar.
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