“não é o que não pode ser”
percebo que finalmente te foste,
apagando teu rastro de estrelas
- deixando pura melancolia.
Revelar-te meus versos
- o golpe de misericórdia.
Precisava ser feito.
Daqui em diante,
o tempo será o senhor,
para trazer-nos de volta o sossego,
refrescar a casa toda,
permitir nova brisa ,
- suave jasmim.
Sonatas, noturnos, prelúdios,
abafando ecos do teu canto.
agora, tudo calmo, de novo,
como quero e preciso.
só os passarinhos não se aquietam.
Fecho a porta, por enquanto.
04/12/2000
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